* O debate foi bom!!
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Entre os muros da escola: debate hoje (terça-feira).
Lisandro Nogueira
Eu conheci o pessoal do Cineclube Antonio das Mortes e logo ficamos amigos. Da amizade nasceu uma imensa cumplicidade que começava no amor pelos filmes, passava pelo interesse teórico e desaguava na vontade de contribuir com a formação cinematográfica.
O grupo do Cineclube me ensinou, no finalzinho dos anos 70, a importância do debate e da reflexão. A formação educacional precária de quase todos nós no Brasil, sempre dificultou o aprofundamento e o discernimento das questões. Com a predominância das ciências "duras", tecnológicas e científicas, o desastre se intensificou e a cultura foi colonizada pelo pensamento cientificista .
Mas foi com alguns professores na UFG e com o bravo pessoal do Antonio das Mortes, no início dos anos 80, que percebi a importância inconteste das artes e das humanidades para acolher e repensar o mundo novo que secundarizava esses dois universos do conhecimento. O campo de batalha para nós era e ainda é o cinema. Se o cientificismo, muito mais que a ciência, e a celebração da tecnologia, embotavam e esnobavam as perguntas e as dúvidas das artes e das humanidades, o caminho a seguir era o da formação - no sentido mais fecundo e missionário do termo. Não era o caso, como ainda não o é, de fincar trincheiras e lutar contra dois inimigos fortes e estimulados pelo contexto político e econômico.
O grupo do Cineclube me ensinou, no finalzinho dos anos 70, a importância do debate e da reflexão. A formação educacional precária de quase todos nós no Brasil, sempre dificultou o aprofundamento e o discernimento das questões. Com a predominância das ciências "duras", tecnológicas e científicas, o desastre se intensificou e a cultura foi colonizada pelo pensamento cientificista .
Mas foi com alguns professores na UFG e com o bravo pessoal do Antonio das Mortes, no início dos anos 80, que percebi a importância inconteste das artes e das humanidades para acolher e repensar o mundo novo que secundarizava esses dois universos do conhecimento. O campo de batalha para nós era e ainda é o cinema. Se o cientificismo, muito mais que a ciência, e a celebração da tecnologia, embotavam e esnobavam as perguntas e as dúvidas das artes e das humanidades, o caminho a seguir era o da formação - no sentido mais fecundo e missionário do termo. Não era o caso, como ainda não o é, de fincar trincheiras e lutar contra dois inimigos fortes e estimulados pelo contexto político e econômico.
Não tenho nenhuma dúvida que as artes e as humanidades estão a reboque das ciências da saúde e das exatas nas Universidades do mundo inteiro. É um processo que muitas vezes mais parece um massacre. O modelo de pesquisa é cunhado por essas duas áreas. São elas que dominam as instâncias decisórias em quase todo o mundo acadêmico e guardam o tesouro (o dinheiro) que financia as investigações científicas.
Porém, penso como Edgar Morin. Temos a missão de tentar "religar os saberes". Os outros devem ser convidados ao debate. No seu pequeno universo, foi isso que o Cineclube Antonio das Mortes fez a vida inteira e depois seus membros - cada um a sua maneira. Não foi uma ou duas vezes que convidamos vários colegas de outras áreas para o debate das idéias. E não foi também uma ou duas vezes que nos deparamos com filmes que nos convidavam para o enriquecimento do pensamento através de um bom diálogo.
Quando o filme Entre os muros da escola foi lançado (escrevei um texto aqui no blog - está lá embaixo) lembrei de tudo isso em plena sessão. E novamente o clik cineclubista veio à tona. Pensei imediatamente que o filme não poderia passar sem uma reflexão e uma conversa. Manifestei a idéia para colegas na UFG e, logo depois de comentá-lo na TV Anhanguera, fui estimulado por jornalistas a empreender um debate.
Vamos fazê-lo na terça-feira, dia 24, 18:30h, no Cine Lumière, com entrada franca. O pessoal do jornal O Popular (Ruth e Rosangela), da TV (Alziro e Jackson) e da UFG, além do Lumière, pensaram em nomes. Pensei logo que seria de fundamental importância convidar as representantes da área educacional. Elas aceitaram o convite prontamente - professoras Márcia Carvalho e Milca Severino, secretárias, respectivamente, da educação municipal e estadual. O professor e pesquisador em educação da UFG, Fernando Pereira, foi também convidado. Pensamos na importância crucial da presença de uma professora de ginásio, da rede pública, e logo surgiu o nome da Cristina de Araujo. Ela trabalha numa escola municipal e gosta de ser professora.
Porém, penso como Edgar Morin. Temos a missão de tentar "religar os saberes". Os outros devem ser convidados ao debate. No seu pequeno universo, foi isso que o Cineclube Antonio das Mortes fez a vida inteira e depois seus membros - cada um a sua maneira. Não foi uma ou duas vezes que convidamos vários colegas de outras áreas para o debate das idéias. E não foi também uma ou duas vezes que nos deparamos com filmes que nos convidavam para o enriquecimento do pensamento através de um bom diálogo.
Quando o filme Entre os muros da escola foi lançado (escrevei um texto aqui no blog - está lá embaixo) lembrei de tudo isso em plena sessão. E novamente o clik cineclubista veio à tona. Pensei imediatamente que o filme não poderia passar sem uma reflexão e uma conversa. Manifestei a idéia para colegas na UFG e, logo depois de comentá-lo na TV Anhanguera, fui estimulado por jornalistas a empreender um debate.
Vamos fazê-lo na terça-feira, dia 24, 18:30h, no Cine Lumière, com entrada franca. O pessoal do jornal O Popular (Ruth e Rosangela), da TV (Alziro e Jackson) e da UFG, além do Lumière, pensaram em nomes. Pensei logo que seria de fundamental importância convidar as representantes da área educacional. Elas aceitaram o convite prontamente - professoras Márcia Carvalho e Milca Severino, secretárias, respectivamente, da educação municipal e estadual. O professor e pesquisador em educação da UFG, Fernando Pereira, foi também convidado. Pensamos na importância crucial da presença de uma professora de ginásio, da rede pública, e logo surgiu o nome da Cristina de Araujo. Ela trabalha numa escola municipal e gosta de ser professora.
Vai ser uma boa oportunidade e todos estão convidados.
8 Comentários
Pessoal,
O debate de amanhã, terça-feira, terá a presença do Milordi. Ele é mimico e fará uma rápida apresentação no hall do cinema. Milordi é engraçado prá caramba e vai fazer todo mundo rir(inclusive as secretárias de educação rirem demais).
Pedro Vinitz.
Legal demais. 18h30 não dá pra mim. A Tv ou alguém - um tripé com um celular já dá - podia gravar o debate. Depois posta num sítio eletrônico qualquer de vídeo. Se rolar a gravação e puder publico em algum sítio. Google Videos por exemplo.
A sua disposição,
Willians Fontenele
williansfontenele@gmail.com
Caro Fonteles,
Não sei ainda como a TV vai gravar; mas posso depois te colocar a par. O debate será realizado por volta das 20 horas. Se possível, apareça nesse horário.
Lisandro,
pela primeira me vez me vi na necessidade de sair do anonimato!
Considero muito importante os debates sobre educação, principalmente com pessoas gabaritas e competentes. Minhas sinceras desculpas a quem se sentir ofendido, mas em vista da experiencia que tive dando aulas no estado durante dois anos, sendo que participei de uma greve de dois meses em um deles, sou obrigado a manisfestar meu humilde ponto de vista, de que uma de suas convidadas para o debate não cumpre pelo menos o requisito de competência. Dona Milca Severino, a dita cuja extremamente politizada mas que para com a categoria dos professores estaduais não estabeleceu diálogo algum.
Talvez um boa pergunta inicial dirigida para ela seria se ela matricularia seus próprios filhos em uma escola estadual? Se sim, em qual? Poderia até fazer uma indicação "Colégio Estadual Irmã Angélica" em Aparecida de Goiânia.
o.b.s.: Se ela não possui filhos quem sabe ela poderia adotar algum...
afinal uma grande maioria dos alunos das escolas estaduais de Goiás são carentes de estrutura educacional decente e também de estrutura familiar.
Caro Wilson: você está convidado a participar de um debate republicano e democrático. Apareça, ouça e faça uso da palavra. O professor será bem vindo. (lisandro)
Caro Prof. Lisandro,
fico grato pelo convite enormemente.
Gostaria de me desculpar pelo tom agressivo que, no entanto, é um desabafar...
Quanto a república e a democracia...
o que essas palvras significam enquanto as crianças, nosso futuro, passam fome e não possuem seus direitos cumpridos em relação ao dever do Estado de favorecer uma educação de qualidade?
Caro Wilson,
Não se preocupe com o desabafo: temos que desabafar mesmo!! Temos que construir permanentemente a república e a democracia. Sem isso as crianças ficam ainda em pior situação e desprotegidas. Nossas crianças sofrem mesmo e devemos lutar constantemente para mudar esse contexto.
Seria muito bom que viesse compartilhar esse momento. (lisandro)
Foi-se o tempo de filmes bons, agora é mais ladainha. Antes do lançamento, todo mundo já assistiu. Bom mesmo é filmes clássicos e da minha época. Outro dia vi uma seleção de clássicos em um site e achei ótimo. Velhos tempo!
Eu vi aqui: No Whalá
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