sim, eu acho, pois diversos filmes do circuito nem chegam a passar aqui, outros tem pouquíssimo espaço e até alguns que até conseguem espaço ficam somente uma semana ou duas em cartaz.
Concordo com o comentário do Zé Abrão. Temos pouca variedade de horários e salas de cinema em relação a muitos filmes bons. O fato de ficarem pouco tempo em cartaz também é bem relevante, principalmente para filmes que não se encaixam no senso comum.
Ainda bem que ai em Goiânia, ainda tem programação de cinema! A situação ta preta é aqui em Jataí, nem cinema aqui tem mais... É estranho uma cidade que se propõe em ser cidade turística, não contar com um espaço para a sétima arte! Quero aproveitar este espaço aqui do Lisandro, para convidar os empresários da área de salas de cinema, a vim investi aqui em Jataí acredito que aqui tem mercado para isso...
Quero aproveita e parabenizar pelo novo layout, esta lindo...
Em São Paulo, eu poderia passar um mês inteiro me revezando entre filmes de arte e grandes sucessos nas excelentes salas espalhadas pela cidade. Em Goiânia, talvez seria possível fazer isso por um ou dois dias. Sim, a programação de Goiânia deixa a desejar. E não é a única coisa da cidade que deixa a desejar. A manutenção do zoológico... o funcionamento do Oscar Niemeyer... o eixão em horário de pico... os espaços culturais mal conservados... a lista é impressionante e um tanto infinita.
Talvez vocês não tenha vivido os anos 70 e 80: Goiânia era um deserto em termos de cinema. Hoje, com quase 60 salas, a cidade oferece um programação melhor e mais diversificada. Mas não dúvida que ainda é uma programação limitada - principalmente para quem gosta de filmes importantes da cinematografia européia e oriental.
Os donos de sala, principalmente do Lumière, afirmam que os filmes permanecem pouco tempo em cartaz por causa do pequeno público. Por outro lado, as salas nem sempre oferecem uma boa acústica e bons preços.
O que devemos fazer? O que fizemos aqui no blog: enviar emails, ligar e entrar nos sites solicitando bons filmes. Fizemos isso com "Sinedóque, Nova York" - deu certo!! O filme está em cartaz.
Não tenho queixas quanto aos cinemas de Goiânia. Vejo muito pouco os "intelectuais" frenquentando os cinemas. Geralmente quem reclama não vê os filmes. Estão em cartaz "À deriva", "La teta asustada", "Sinedóque", "A onda" e o francês (não me lembro o nome) com atriz Cristin Scoth Thomas. Quem foi ver esses filmes?
Sou da opinião de que nossas salas não estão deixando a desejar excessivamente. A programação tem sim falhas, mas creio que nunca vai ser perfeita, como em qualquer outro lugar do país, contanto, com o passar do tempo, o que vai acontecer é que as coisas vão ficar mais diversificadas. Assim como dos anos 70 e 80, para hoje, como disse o Lisandro, as coisas melhoraram muito. E não vou muito longe, de uns 3 anos para cá as coisas mudaram muito em nossa capital.
Energicamente a programação tomou outro rumo, e as salas estão chegando a lugares onde possam alcançar a população mais carente de Goiânia, como a Rodoviária no Centro, e o Portal Shopping, na saída para Inhumas. População essa que não tem como sustentar a ida da família a um grande shopping, onde seus filhos cobiçarão todas as lojas de brinquedos, tênnis, painéis de Fast Foods, vislumbrando objetos que naquele instante estarão fora de seu alcance.
Fora a dificuldade de locomover uma família de em média 4 pessoas. Imagine a cena; pais cansados de trabalhar e andar de ônibus a semana toda, filhos ansiosos para passear, pois a rotina humilde que lhes consome os deixa loucos por novidade, todos dentro de um ônibus, atravessando a cidade para conseguir se chegar a um Centro Comercial, para assistir a um filme. È loucura! Mas ainda bem que as coisas estão mudando.
Mas se estamos achando que a programação está deixando a desejar, é porque somos seres verdadeiramente pensantes, e estamos ativos e inseridos no meio cultural, e por isso não estamos mais naquela fase de conformidade diante do que a fatia dominadora da opinião pública quer que nós vejamos.
Essa atitude de não se conformar com o que temos é muito boa, temos que ser assim, ter VOZ ATIVA de verdade, cobrar, se questionar sobre as coisas, e não admitir simplesmente o que nos é imposto, jogado em nossos colos todos os dias.
Túlio, não dá para comparar Goiânia a São Paulo, esta última tem mais de 450 anos de existência, enquanto Goiânia tem pouco mais de 70. O nível é outro, somos ainda pequeninos diante da gigante São Paulo. Em SP tem mais salas porque dentre outros fatores a população e bem maior que a nossa. Creio que as salas que temos em Gyn, estão comportando a demanda, demanda essa que poderia ser bem maior, mas por motivos que não convém agora eu relacionar não é.
Em Goiânia, infelizmente ainda não temos condições de ter uma diversificação de exibição de filmes e horários, ao ponto que se demore um mês para pegar tudo. Mas uns 15 dias para quem não fica ocioso o dia todo, ou seja, para aqueles que trabalham, vão a escola ou faculdade, tem que ir ao médico, tem compromissos com a família e com os grupos com os quais se relacionam, e etc... uns 15 dias dão para variar um pouquinho.
Porém para aqueles que reclamam de falta de dinheiro e horário para ver filmes temos o Cine Ouro com diversas mostras nos horários mais variados possíveis, e com temas diferentes, e que as vezes a entrada chega a ser gratuita, o que é muito bom, dada a estrutura que o mesmo compõe e a qualidade das películas.
Cito também o Cine UFG, onde aqueles que ficam o dia todo no Campus, e tem dificuldade em se locomover, podem acompanhar alguma exibição. O Centro Cultural Eldorado dos Carajás, que fica no coração da cidade tem toda semana um grande sucesso sendo exibido e de graça!
Então é assim que penso, se dado um jeitinho em nossas agendas dá para se encaixar muita coisa, basta querer, porque poder nós podemos!
Candido César, eu fui ver La teta asustada, os outros até o final da semana quero conseguir, mas mesmo assim em parte concordo com você, lembrando que não podemos generalizar!
Professor Lisandro, uma sugestão: apresente os filmes que vão estrear na sexta-feira. Essa antecipação é importante para quem gosta de cinema. Grato, Rubens Carlos. ps- infelizmente para o senhor, um torcedor do Goiás.
Professor de Cinema na UFG, desde 1988. Membro do lendário Cineclube "Antônio das Mortes", fundado em 1977.
O blog tem o auxílio luxuoso de Lorena Gonçalves, Luisa Nogueira, Maria José Soares e Pedro Vinitz.
14 Comentários
Caros amigos,
A Lorena Gonçalves está repaginando o blog. Eu estou aprendendo a trabalhar com o novo layout.
Façam seus comentários sobre a nova configuração e tenham um pouco de paciência com as alterações repentinas.
sim, eu acho, pois diversos filmes do circuito nem chegam a passar aqui, outros tem pouquíssimo espaço e até alguns que até conseguem espaço ficam somente uma semana ou duas em cartaz.
Sim.
Concordo com o comentário do Zé Abrão. Temos pouca variedade de horários e salas de cinema em relação a muitos filmes bons. O fato de ficarem pouco tempo em cartaz também é bem relevante, principalmente para filmes que não se encaixam no senso comum.
Ainda bem que ai em Goiânia, ainda tem programação de cinema! A situação ta preta é aqui em Jataí, nem cinema aqui tem mais...
É estranho uma cidade que se propõe em ser cidade turística, não contar com um espaço para a sétima arte! Quero aproveitar este espaço aqui do Lisandro, para convidar os empresários da área de salas de cinema, a vim investi aqui em Jataí acredito que aqui tem mercado para isso...
Quero aproveita e parabenizar pelo novo layout, esta lindo...
Em São Paulo, eu poderia passar um mês inteiro me revezando entre filmes de arte e grandes sucessos nas excelentes salas espalhadas pela cidade. Em Goiânia, talvez seria possível fazer isso por um ou dois dias. Sim, a programação de Goiânia deixa a desejar. E não é a única coisa da cidade que deixa a desejar. A manutenção do zoológico... o funcionamento do Oscar Niemeyer... o eixão em horário de pico... os espaços culturais mal conservados... a lista é impressionante e um tanto infinita.
Caros amigos,
Talvez vocês não tenha vivido os anos 70 e 80: Goiânia era um deserto em termos de cinema. Hoje, com quase 60 salas, a cidade oferece um programação melhor e mais diversificada. Mas não dúvida que ainda é uma programação limitada - principalmente para quem gosta de filmes importantes da cinematografia européia e oriental.
Os donos de sala, principalmente do Lumière, afirmam que os filmes permanecem pouco tempo em cartaz por causa do pequeno público. Por outro lado, as salas nem sempre oferecem uma boa acústica e bons preços.
O que devemos fazer? O que fizemos aqui no blog: enviar emails, ligar e entrar nos sites solicitando bons filmes. Fizemos isso com "Sinedóque, Nova York" - deu certo!! O filme está em cartaz.
Eu acho que a programação melhorou muito e concordo com o prof. Lisandro. É preciso, no entanto, que nós, amantes do cinema, façamos mais divulgação.
As pessoas muitas das vezes reclamam mas preferem sentar num buteco e beber cerveja do que ver um filme.
Não tenho queixas quanto aos cinemas de Goiânia. Vejo muito pouco os "intelectuais" frenquentando os cinemas. Geralmente quem reclama não vê os filmes. Estão em cartaz "À deriva", "La teta asustada", "Sinedóque", "A onda" e o francês (não me lembro o nome) com atriz Cristin Scoth Thomas. Quem foi ver esses filmes?
Pessoal,
Sou da opinião de que nossas salas não estão deixando a desejar excessivamente. A programação tem sim falhas, mas creio que nunca vai ser perfeita, como em qualquer outro lugar do país, contanto, com o passar do tempo, o que vai acontecer é que as coisas vão ficar mais diversificadas. Assim como dos anos 70 e 80, para hoje, como disse o Lisandro, as coisas melhoraram muito. E não vou muito longe, de uns 3 anos para cá as coisas mudaram muito em nossa capital.
Energicamente a programação tomou outro rumo, e as salas estão chegando a lugares onde possam alcançar a população mais carente de Goiânia, como a Rodoviária no Centro, e o Portal Shopping, na saída para Inhumas. População essa que não tem como sustentar a ida da família a um grande shopping, onde seus filhos cobiçarão todas as lojas de brinquedos, tênnis, painéis de Fast Foods, vislumbrando objetos que naquele instante estarão fora de seu alcance.
Fora a dificuldade de locomover uma família de em média 4 pessoas. Imagine a cena; pais cansados de trabalhar e andar de ônibus a semana toda, filhos ansiosos para passear, pois a rotina humilde que lhes consome os deixa loucos por novidade, todos dentro de um ônibus, atravessando a cidade para conseguir se chegar a um Centro Comercial, para assistir a um filme. È loucura! Mas ainda bem que as coisas estão mudando.
Mas se estamos achando que a programação está deixando a desejar, é porque somos seres verdadeiramente pensantes, e estamos ativos e inseridos no meio cultural, e por isso não estamos mais naquela fase de conformidade diante do que a fatia dominadora da opinião pública quer que nós vejamos.
Essa atitude de não se conformar com o que temos é muito boa, temos que ser assim, ter VOZ ATIVA de verdade, cobrar, se questionar sobre as coisas, e não admitir simplesmente o que nos é imposto, jogado em nossos colos todos os dias.
Túlio, não dá para comparar Goiânia a São Paulo, esta última tem mais de 450 anos de existência, enquanto Goiânia tem pouco mais de 70. O nível é outro, somos ainda pequeninos diante da gigante São Paulo. Em SP tem mais salas porque dentre outros fatores a população e bem maior que a nossa. Creio que as salas que temos em Gyn, estão comportando a demanda, demanda essa que poderia ser bem maior, mas por motivos que não convém agora eu relacionar não é.
Em Goiânia, infelizmente ainda não temos condições de ter uma diversificação de exibição de filmes e horários, ao ponto que se demore um mês para pegar tudo. Mas uns 15 dias para quem não fica ocioso o dia todo, ou seja, para aqueles que trabalham, vão a escola ou faculdade, tem que ir ao médico, tem compromissos com a família e com os grupos com os quais se relacionam, e etc... uns 15 dias dão para variar um pouquinho.
Porém para aqueles que reclamam de falta de dinheiro e horário para ver filmes temos o Cine Ouro com diversas mostras nos horários mais variados possíveis, e com temas diferentes, e que as vezes a entrada chega a ser gratuita, o que é muito bom, dada a estrutura que o mesmo compõe e a qualidade das películas.
Cito também o Cine UFG, onde aqueles que ficam o dia todo no Campus, e tem dificuldade em se locomover, podem acompanhar alguma exibição. O Centro Cultural Eldorado dos Carajás, que fica no coração da cidade tem toda semana um grande sucesso sendo exibido e de graça!
Então é assim que penso, se dado um jeitinho em nossas agendas dá para se encaixar muita coisa, basta querer, porque poder nós podemos!
Candido César, eu fui ver La teta asustada, os outros até o final da semana quero conseguir, mas mesmo assim em parte concordo com você, lembrando que não podemos generalizar!
Abraços...
Caros amigos,
O post sobre o Belchior foi retirado por problemas técnicos. A Lorena Gonçalves está trabalhando no blog nesta noite.
Boa noite!!
Professor Lisandro, uma sugestão: apresente os filmes que vão estrear na sexta-feira. Essa antecipação é importante para quem gosta de cinema. Grato, Rubens Carlos.
ps- infelizmente para o senhor, um torcedor do Goiás.
sim, sim, sim, sim, sim!!!!
Olá Rubens Carlos,
O blog vai apresentar as estréias. Estamos reformulando e essa dica sua é preciosa. Aguarde!!
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