quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Clube da luta: um filme pertubador e exagerado...

  Os alunos e o aprendizado da crítica

Lisandro Nogueira*



Existe uma diferençã básica entre Crítica de Cinema e Análise de Filmes. A crítica informa e faz a avaliação; a análise concentra-se em "reconstruir" o filme, desconectando as partes, além de edificar a interpretação. Escolhi alguns textos para colocar no blog depois dos seminários sobre "crítica e análise". São textos de formação: estimulam o aluno a fazer perguntas "ao filme",  estabelecer uma visão de mundo via cinema e, principalmente, edificar uma opinião.


São textos de crítica: informam e avaliam. Estimulo bastante meus alunos para emitirem a própria opinião. Cabe ao professor o estímulo e o papel de facilitador "crítico" do processo. Não me cabe julgar o texto, mas sim apontar e problematizar questões.


Estou postando gradativamente alguns textos dos alunos dos seminários temáticos. Fiquei muito contente com a participação deles nesse semestre. A visão tacanha de que nossos jovens são "alienados" não corresponde à realidade. Não gosto da nostalgia: "antigamente os jovens eram mais politizados; tinham postura crítica". O contexto era outro por causa das batalhas políticas nos anos 70/80. Vivemos outra época: o contexto político é completamente diferente e as questões são bem mais complexas. 


Segue o texto da Angélica Queiroz sobre o filme O clube da luta. No mês de setembro postamos um texto da Agnes Arato, aluna dos seminários, sobre o mesmo filme. Arato aprecia o filme com moderação. Angélica não aprecia muito o filme de David Fincher.







Feio e escuro

Angélica Queiroz *


Se tivesse que descrever Clube da Luta em duas palavras simples elas seriam: feio e escuro. No entanto, deixemos isso para mais adiante. Primeiro falarei das boas intenções do filme. Ele começa cheio delas. É lá pro meio que a coisa começa a desandar e o filme começa a ficar cansativo.
 
     Uma crítica ao consumismo vinda de Hollywood que sempre o incentivou já causa, logo de cara, uma boa impressão do filme, principalmente para os mais revolucionários que o cultuam por isso até hoje, quase 20 anos depois.

     A idéia de Tyler Durden e o personagem de Edward Norton serem a mesma pessoa, que se revela ao final do filme, é realmente muito boa e bastante surpreendente no contexto da história. Tyler, que lhe apresenta um novo estilo de vida, é, na verdade, tudo que ele queria ser e não conseguia, por algum motivo, admitir. Embora não seja a estratégia mais criativa do mundo, David Fincher consegue fazer com que essa construção seja realmente boa, dentro da idéia do filme. 

     A atuação de Brad Pitt e Edward Norton é, no entanto, o maior mérito do filme. Eles se entregam tanto aos personagens que até é possível achar o Brad Pitt feio, coisa que eu considerava inimaginável.

     Mesmo assim, o filme é feio. E um filme deve ser bonito, deve agradar ao espectador, a menos que ele seja de terror, o que não é o caso. Há um grande exagero de explosões, sangue e sujeira. As cenas com a Marla (Helena Bonham Carter), que deveriam ser eróticas, são nojentas. O cenário é quase sempre escuro e isso causa uma sensação ruim, vontade de desligar logo a TV ou sair correndo da sala.

     A idéia de mostrar que o personagem se sente bem ao ver a desgraça alheia quando freqüenta os grupos de pessoas doentes é de bastante mau gosto. Embora saibamos que o ser humano tem mesmo esse tipo de sensação, definitivamente não era necessário escancarar isso desta forma. Além do que, fica embaraçoso, a menos que o espectador seja extremamente saudável. Se não for, o filme o ofende facilmente. De forma sádica e cruel. Principalmente, desnecessária.

     Clube da Luta é perturbador. Mas não pela sensação pretendida pelo roteiro, de chocar e provocar reflexão, mas a sensação de que não é preciso tanto exagero para se fazer uma crítica simples como essa.

     Além disso, pais tirem as crianças da sala, o filme incentiva claramente a violência como forma de extravasar as emoções e fugir do mundo. Não é de se estranhar que, na sua estréia no Brasil, um maluco tenha entrado na sala de cinema e atirado para matar. Ele fez exatamente o que o Clube da Luta prega. Fincher foi um inconseqüente ao se esquecer que o cinema influencia sim as pessoas que não tem o mínimo de preparo necessário para entender que aquilo não é exatamente real. 

* Angélica Queiroz é aluna do seminário de crítica de cinema na Facomb-UFG.

39 Comentários

Pedro disse...

Pessoal,
O Lisandro me pediu para editar o texto da aluna Angélica. Mas eu discordo totalmente dela. O filme é muito bom e vejo que há resistência dos alunos com filmes mais reflexivos. Parece que gostam mais de filmes românticos e fantasiosos. Ei, rapaziada, acordem para a reflexão. Desculpa aí, Lisandro, eu tinha que falar isso.

Túlio Moreira disse...

Pedro, não gosto de O Clube da Luta (por alguns motivos parecidos com os da Angélica, mas tb por outros mais), mas isso não significa q eu não goste de filmes reflexivos... Aliás, mto pelo contrário.

Acho q não deve haver uma "ditadura da intelectualidade da moda", algo mais ou menos qndo estourou Matrix, e q era mto fácil encontrar opiniões do tipo:

"como assim vc não gostou de Matrix? Se vc não gostou, é pq não conseguiu entender as milhares de reflexões, referências e questionamentos..."

Acho q por mais q vc acredite q um filme valha a pena, sempre vai haver gente q não goste ou não dê a mínima. Eu ignoro completamente Clube da Luta. Pra mim é uma perda de tempo ao cubo. Isso não significa necessariamente q eu faça parte do time dos alienados q só vão ao cinema pra beijar na boca ou assistir Twilight.

Claro, do mesmo modo q não significa q eu seja superior aos q gostam do filme do Fincher ou coisa do tipo. Apenas desgosto. E não faço a mínima questão de pertencer a esse clube.

Angélica disse...

então, não tem nada a ver a questão de filme reflexivo ou não. só achei Clube da Luta feio. você gostou, Pedro, ótimo.. é aquela velha questão: gosto cada um tem o seu.
só tenho preguiça de gente que acha que só a sua opinião é a certa.

Angélica disse...

Ah, tem um erro no meu texto.
Clube da Luta é de 1999. Não sei por que razão eu achei que era de 1991. Portanto, não são quase 20 anos depois como eu disse. São apenas 10. Lisandro, edita isso ai, por favor. Obrigada.

Anônimo disse...

Túlio,

Lembra na sala de aula: "ódio é vínculo". O bom crítico deve ser humilde e apreciar todos os filmes e depois fazer sua interpretação. Um pouco de humildade não faz mal a ninguém. Assim como não devemos criticar quem gosta de Batman - fiz alguma ironia?

Túlio Moreira disse...

Prof. (imagino q o senhor tenha se esquecido de colocar o nome no comentário), não vejo minha resposta ao comentário do Pedro como falta de humildade. Aliás, obrigar as pessoas que querem se sentir "inteligentes e reflexivas" a gostar de um filme em especial é q é falta de humildade, na minha opinião!

Como eu disse, respeito qm gosta de Clube da Luta, mas para mim é indiferente... Já quanto ao Batman, gosto dos flmes do Tim Burton, mas essa nova cinessérie me desagradou um pouco, hehe

Unknown disse...

Lisandro, gostei do seu texto. Sempre esclarecendo conceitos, e lembrando, relembrando...Os mesmos conceitos que você escreveu em seu texto de hoje, você já havia falado ha uns 6 mêses atráz. Tudo é tão importante, e merece sempre ser voltado a tona.
E você tem essa manha, coisa que poucos professores possuem.

Angélica, os seus questionamentos me tiraram risadas, não no sentido de desmerecimento ou que seu texto tenha ficado cômico, mas é que você viu coisas, que pelo menos eu não tinha observado e me questionado. Quero dizer que, as suas percepções foram de uma simplicidade que arrebentam com todas aquelas teorias que as pessoas elaboram sobre O Clube da Luta, tudo muito complexo e difícil de ser entendido. Gostei da maneira de como você colocou as coisas, deu para perceber que você escreveu mesmo com o coração e não se preocupou em agradar ninguém com a sua opinião, e nem de escrever palavras belas. Simples e objetivo. Gostaria de ser assim!A melhor parte foi quando você disse que o Brad, fica feio no filme, que isso era praticamente impossível de acontecer, concordo.
Eu gosto muito desse filme, tanto que o comprei. Minha opinião sobre ele, diversifica cada vez que o vejo, e que leio textos sobre ele. Sendo que este filme merece inúmeros apontamentos, dentre os quais você citou alguns.
No geral, creio que este filme é pertubador e extremamente instigante, como diz em sua capa " UM SOCO NA MENTE VAZIA".

José Abrão disse...

gostei muito do texto da Angélica e olha que eu adoro Clube de Luta. E é mesmo, o filme é sujo e feio pra caramba.

Elaine Camargo disse...

Os comentários são sinceros e debate cinema é igual debater futebol. Cada um tem sua opinião. E gostei também da diferença entre análise e crítica. E morrro de paixão pelos filmes do BAtman. Esse Clube da Luta eu nunca vi.

Lisandro Nogueira disse...

Túlio,

Os alunos do seminário devem ter gostado dos debates sobre o Clube da Luta. Mas usaram termos que utilizei em sala de aula e comentários sem colocar os nomes. Não gosto de comentários sem assinatura. Sempre pedimos no blog para as pessoas assinarem. O blog não "filtra" os comentários. Peço aos colegas da sua turma que se manifestem e entrem claramente no debate. Não gostei também do comentário do Pedro. Ele poderia formular diferente sua discordância.

Gosto da maneira como as pessoas expõem suas opiniões e interpretações. Por isso, postei e gostei do texto da Angélica.

Marcelo Nogueira Dutra disse...

Clube da Luta, não vi. Foi antes do Anticristo?! Perdi. Mas pelo bom texto da Angélica Queiroz não deve ser lá essas coisas. Pelos comentários vou na locadora. Gostei do: "Não me cabe julgar o texto, mas sim apontar e problematizar questões.".

Anônimo disse...

Creio que a autora tomou o conceito de crítica por um lado equivocado. Ao relatar suas impressões do filme de uma forma superficial ela nos mostrou principalmente seus preconceitos e uma possível reflexão mais profundo sobre o filme não apareceu.(Para mim) filme não deve ser necessariamente bonito, não deve ser um deleite ao olhos. Se ma camêra pode filmar um beijo por que não um corpo em decomposição? A mente por trás da câmera é quem decide o que você deve ver e o espectador tem o poder de, na medida de sua capacidade criar suas significações em uma negociação constante com as idéias apresentadas por meio de imagens e sons.
Mas é claro, ao escrever isso eu me baseio em meus próprios preconceitos e pode até parecer que procuro uma verdade pura, o que é impossível(PRÉconceitos aparecendo de novo). Assim como não existe o filme perfeito, também não existe a crítica perfeita. O que podemos fazer para melhorar?

Discuti-la!

Viva a liberdade de expressão.

Caroline Pires disse...

Puxa Angélica...
legal demais ler um texto seu aqui... enquanto lia seu texto quase te ouvi falando: sinceridade e simplicidade! Parabéns!

Ainda não vi Clube da luta... estou devendo assisti-lo...
A Agnes é completamente apaixonada por esse filme... outro dia estavamos conversando que talvez ele expresse o homem na pós-modernidade, com identidade móvel, instável e perdido em meio a um consumo exagerado... a conversa foi bem legal e também me motivou a ver o filme.

Mas quando assisti-lo vou levar em consideração essa sua frase "fica embaraçoso, a menos que o espectador seja extremamente saudável. Se não for, o filme o ofende facilmente. De forma sádica e cruel. Principalmente, desnecessária".

Eu costumo me ofender muito fácil com filmes... estou aprendendo a lidar com isso...

Valéria Borges disse...

Angélica, nota mil. Esse filme é muito ruim. Deveria estar na lista dos piores do ano.

Expedito dos correios disse...

Pobre gosta da riqueza e das coisas boas da vida. Quem gosta de ficar discutindo violência e miséria é intelectual.

Agnes Arato disse...

Peraí: deixa eu ver se eu entendi. Pra vocês, cinema é fantasia, não precisa levar à reflexão. E tem que ser limpinho. Ok, então... Por favor, não assistam Blade Runner, nem Filhos da Esperança, nenhum do Lars Von Trier, nem muitos outros. Vou pensar numa lista.
Bom, quem se ofendeu com clube da luta, vai se ofender com meu comentário, então... que venham as pedras.

Valeria disse...

Por que, Agnes, voce tem que achar que só filmes de arte sáo bons? Explique para nós, por favor.

Agnes Arato disse...

Mas os filmes que eu citei não são "filmes de arte"! São todos comerciais. Só não vendem o mundo cor de rosa que (algumas)pessoas esperam...

Marcela Guimarães disse...

Tem uma coisa que me incomoda e que não vi ninguém comentar ainda sobre o Clube da Luta.
A proposta do filme é levar a reflexão contra o consumismo e blá blá blá, ok. Apesar disso,
notei vários pontos reacionários. Pode parecer viagem, mas vamos lá.
Violência, subordinação e servidão em torno de um líder forte, tratamento militar, exaltação da força
e da masculinidade. Que tipo de revolução que o Clube da Luta propõe? Já vi isso em outros filmes.
Alguns se passavam na Alemanha e Itália... lá pelos anos 40.
Beijos.

Renato Dantas disse...

Quem disse que ler o texto da Angélica é como ouví-la falando, é verdade. Mais cheio de personalidade, impossível! No entanto, discordo radicalmente de quase tudo o que ela disse. De fato, o filme é feio, asfixiante, mesmo nojento. Mas ser tudo isso não é privilégio dos filmes de terror. Um filme não tem que, necessariamente, agradar ao espectador. Aliás, o cinema oferece uma infinidade de exemplos que fazem exatamente o contrário: desagradam, chocam, provocam asco. Quando a estética prevalece e se torna vazia, creio haver um equívoco. Porém, em O Clube da Luta, o contexto tem um propósito. Não entrarei no mérito de levantar interpretações aqui. Creio haver inúmeras, tantas quantas se pretende ter. Já seria um bom filme só por abrir tantas possibilidades de discussão e reflexão.

Acho importante ressaltar ainda que nem sempre, principalmente nos bons filmes, o diretor expõe o que quer dizer apenas jogando tudo na tela. Há outros recursos - como a ironia, o sarcasmo, a metáfora - infinitamente mais elegantes e sofisticados do que simplesmente contar uma história literal do que se pensa ou se pretende. Nesse sentido, e pelo que sinaliza Fincher, não consigo enxergar militarismo, estímulo à violência, machismo, insurreição civil, e mesmo revolução, entre outros temas levantados, como uma proposta real construída pelo diretor. Vejo um filme mais delicado do que transparece seus mal-tratados ambientes.

Além do conteúdo, como esquecer as inúmeras trucagens utilizadas por Fincher? Uma montagem totalmente fora do habitual, esquivando-se daquela “cartilha” feita por David Bordwell sobre o filme clássico. Pelo ótimo exercício de montagem e roteiro que oferece, já mereceria, novamente, um sorriso de satisfação.

Maria Euci disse...

Caro Renato Dantas, não o conheço, mas você em vez de apenas relatar o gosto, construiu uma opinião. Não gosto do filme mas gostei da sua opinião.

Daniel Mundim disse...

Concordo com Adriano_av e o Renato. Acho q é preciso ter um pouco mais de cuidado ao analisar "O clube da luta". Deixar de lado as suas verdades para poder tentar enxergar as intenções do filme, ou as intenções q imaginamos q o filme possa ter tido. Acho q a Angélica não fez isso, mas a sinceridade dela é bastante válida. Falar q Fincher foi inconsequente é ser determinista demais. Como qualquer obra de arte um filme pode ter suas metáforas, não vejo incentivo a violência nesse filme. Só de provocar inúmeras sensações como as descritas aqui, O Clube da Luta já se mostra sim uma obra diferenciada.

Guilherme disse...

Eu discordo com o texto da Angélica em um simples ponto: acho que a escolha do feio e sombrio foi uma ideia magnifica do diretor. Em todo o texto da Angélica, fui concordando com as descriçoes que ela faz das cenas, de como elas sao, em alguns momentos, nojentas, sombrias e desconfortáveis; porem, pra mim é claro que esse recurso se trata de uma ferramenta importantissima em filmes que criticam o consumo, o luxo, o conforto e outros conceitos morais da sociedade. Como abordar a mudança que o personagem faz qnd "perde" o seu apartamento moderno e vai morar numa casa suja,sem mostrar o lado asqueroso disso tudo?
Concordo totalmente que é muito bom ir ao cinema ou alugar um dvd e apreciar uma verdadeira obra de arte, no quesito fotografia, figurino,cenario e etc; mas a setima arte nao se limita só ao belo e nem por isso perde a sua estetica.
Enfim, acho que alguns filmes causam sim essa senasaçao de desconforto e asco,mas nem por isso perdem a sua importancia e reflexao, pelo contrario, so vem para acrescentar.
Ate a proxima =)

Luiz Alfredo disse...

O Lisandro !

Fazendo um pouco o advogado do diabo, o comentário do Pedro não foi tão ofensivo assim, penso eu. A forma que ele escreveu tambem convém a um jovem, como ele. Há muita energia, sem qualquer pingo de maldade, acho.

Quanto o filme, já digo que sou suspeito: acho um dos filmes recentes mais honestos, muito virtuoso, com uma linguagem e andor rápidos porém muito bem dosados. Discordo, com licença claro, do exposto pela Angélica mas acho que o filme a pegou num momento muito sensível para que a tocasse de forma tão negativa, ao ponto de impedi-la de ver os pontos positivos do filme.

Porque sim, ele é feio e sujo, contrapondo-se com ao apto, a vida e o trabalho do narrador (fotgrafados sempre com aquela luz fria de hospitais noturnos, de assepsia total). Dando minha interpretação, penso que a função da sujeira possa ser justamente a luz tópica a examinar a mente de nosso personagem e seu alter-ego, tyler durden. A montagem, o roteiro, a música, as escolhas de camera e aquele final desconcertante, para cada lado que olhemos, e grande parte do filme, tudo desponta do nível mediano.

Não somente pelo consumismo que está escrachado no filme: o narrador trabalha numa cia de seguros que faz tudo para não pagar suas apólices, mesmo sabendo que o que ele faz é esconder o sistema assassino dos carros que a montadora x produz. Ele não faz indagações morais (ou pelo menos não toma atitudes quanto a isso), está inserido no mercado. Aliás, quantos de nós tomaria atitude diversa?

A crítica que o filme faz a vida moderna pra mim é muito significante. O momento em que ele se esmurra na frente do chefe e começa a sangrar pelo nariz, aquele rosto insano, acordando e libertando-se de uma vez por todas é pura energia vital!

Isso sem contar a possibilidade de ser interpretado de tantas maneiras, sem que a maioria consiga delimitar a interpretação "oficial" do filme.

É o que acho =)

Lisandro Nogueira disse...

Boa noite!! Alfredo.

O Pedro foi um pouco "exagerado" com o texto da Angélica. Quando ele gosta de um filme o defende com alarde total. Você tem razão: é um jovem com muita energia. Vê filmes e filmes e ouve muita música - além de colaborar com toda a energia para deixar o "blog no ar". Sem ele, o blog não estaria "vivo".

O debate está ótimo e gosto de opinião como a sua: dialoga com o filme e faz perguntas pertinentes. Qdo. não gostamos de um filme, penso eu, devemos revê-lo para identificar os pontos frágeis. E, quando gostamos muito de um filme, podemos argumentar sobre aquilo q. mas nos chama a atenção.

Um abraço,

Lisandro

Guilherme Toscano disse...

Foi uma análise extremamente superficial de um filme que não deve ser encarado como hollywoodiano. Esperar o belo, o sensual, o politicamente correto, foi, no mínimo, inocência da autora. A maioria das críticas desse texto nos passa a imagem de que se esperava um "Diário da Princesa" e entrou na sessão errada no cinema. Não conseguiu captar o porquê do personagem principal ir as sessões de terapia em grupo ou o porquê do uso da violência por aquelas "pessoas comuns" tão diferentes uma das outras, e como de uma simples forma de liberar o stress do cotidiano isso tudo se transforma em uma espécia de seita liderada pelo "lendário" Tyler Durden.

A impressão que me passou foi justamente essa, ela esperava uma comédia romântica e entrou em um filme "feio, escuro e boboca".

mauro freitas disse...

Pôxa! que debate bom!! Na minha escola deveria ter um debate assim. Parabéns para todos.

Mauro Freitas

Anônimo disse...

Adorei o comentário do Luiz.

Carima disse...

Quem não gostou é burro e não entendeu...

Angélica Queiroz disse...

Então, sobre os comentários, gostaria de esclarecer algumas coisas:
1. Não sou crítica de cinema e nem pretendi analisar o filme de forma aprofundada. Apenas dei minha opinião sobre o filme.
2. Adriano, toda opinião é mesmo recheada de preconceitos. Por isso, não tiro a razão da sua crítica.
3. Agnes, não tiro a razão de seus comentários mas, vou ilustrar minha opinião com um exemplo dado pelo Washington Novaes em uma entrevista que fiz com ele sobre o período em que ele era editor do Globo Repórter. Ele me contou que o programa perdeu audiência quando seu foco foi mostrar os problemas da sociedade. A explicação dada por ele foi que a maioria das pessoas recorrem a TV (e creio que com o cinema o caso seja parecido) para distração. Sendo assim, não querem ver problemas, isso já enfrentam no dia-a-dia. Acho que faço parte desse senso comum e, por isso mesmo, não me agrada mesmo ver coisas "feias" no cinema. Não que eu desmereça a reflexão pretendida por esse tipo de filme. Mas acho realmente que existe outra forma de se conseguir esse tipo de objetivo.
4.Guilherme, como disse, não sou crítica de cinema. Logo, eu acredito que fui mesmo superficial. Mas não acho que eu tenha conhecimentos suficientes para me aprofundar nesse assunto mesmo. Ah, eu não esperava o belo, nem uma comédia-romântica. Só não gostei do que vi.

No mais, as opiniões são diferentes mesmo. Senão, nem haveria debate.

Sah disse...

Angélica, vai dormir! Se vc quer assistir filmes só bonitinhos e com gente legal, alugue um desenho!

Anônimo disse...

A primeira regra do clube é: não fala da porra do clube! Caiu na boca da massa já era; playboy de balada se ilude!

Anônimo disse...

F

Anônimo disse...

Angélica tem a opinião mais desprovida de embasamento que eu já ouvi sobre esse filme

Um dos melhores filmes já feitos que levanta questões que vão muito além do consumismo.
Auto descobrimento e libertação são temas que simplesmente nos recusamos a debater pela nossa própria inércia e necessidade de maquiar nossa hipocrisia.
O filme não foi feito para ser bonito. De maneira nenhuma...ele questiona padrões estéticose a ditadura de estereótipos.
Questiona as limitações e por isso é perturbador.
É uma pena ver que alguém que obviamente escreve bem (estrutura e eloquência)pode assistir a um filme como esse sem absorver o principal e se ater em detalhes tão insignificantes.

Anônimo disse...

Eu discordo de sua opinião sobre o filme, até aí tudo bem, é sempre bom visualizar um ponto de vista diferente do meu. Só que achei sua crítica fraca. O fato do filme ter clima pesado e ser escuro é, na verdade, algo para ressaltar o estado do personagem e criar uma atmosfera mais coerente com filme em si. O sexo entre tyler e marla realmente não tem nada de romance, mas a intenção é justamente essa, o próprio tyler frisa que isso é somente uma "foda esportiva" e não "amor". A violência nua e crua reflete justamente o nosso lado mais primitivo, e os homens, direta ou indiretamente curtem a violência, seja um "baba" mais acirrado, assistir um MMA ou praticar uma arte marcial (excluindo o enfoque disciplina que se adquire na maioria dela, estou falando do lado mais bruto da luta).Faz parte dos nossos instintos mais básico e nosso sociedade nos deixa cada vez mais "dormentes", a dor é uma forma de despertar da torpeza do cotidiano... enfim, você me parece ser uma pessoa inteligente, mas analisou o filme de uma forma muito superficial, ao meu ver, pelo seu gosto estético.

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

A Primeira regra do clube é:
Você não fala sobre a porra do clube

Unknown disse...

Cada filme tem seu público, não se pode dar um livro a quem gosta apenas de figuras.

Unknown disse...

Cada filme tem seu público, não se pode dar um livro a quem gosta apenas de figuras.

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