sábado, 3 de abril de 2010

Debate: "Chico Xavier"


VOCÊ GOSTOU DO FILME SOBRE "CHICO XAVIER"? OBSERVOU PRECONCEITO em relação a OUTRAS RELIGIÕES COMO O CATOLICISMO? 

QUAIS OS MOTIVOS PARA O FILME NÃO ABORDAR A QUESTÃO FUNDAMENTAL DO KARDECISMO: A RELAÇÃO ENTRE FÉ E CIÊNCIA?

(enviado p/ Patricia Moraes, socióloga, pesquisadora sobre religiões no Brasil)

75 Comentários

Expedito Gomes (dos Correios) disse...

Não concordo. Não há preconceito algum. O filme retrata muito bem o espiritismo.

Aristeu Livingstone disse...

Li este post antes de ir ao cinema e fui com isso na cabeça. Eu vi na verdade um grande respeito pelo catolicismo, inclusive entre Chico e o primeiro padre (não me lembro de seu nome). Uma cena marcante foi quando Chico já adulto cita espiritismo e o padre dá um pulo de susto, não concorda com a decisão, porém respeita a decisão. O padre diz "te traz paz isso?" - evidência de respeito.
Gostei bastante do filme, vale a pena assistir. E que o filme Nosso Lar (trailer) também será muito bom.
Um abraço a todos e continuemos a discussão.

Luiz Signates disse...

Achei o filme muito, muito fraco.
Não pela perspectiva espírita, pois o filme é inteiramente doutrinário. Tive a nítida impressão de que foi concebido de encomenda para os espíritas e, claro, efetua um elogio enorme e oportuno ao catolicismo, que conforma a maioria das platéias brasileiras...
Como obra cinematográfica, achei excessivamente pobre, exceto pela ótima interpretação do ator Nelson Xavier, que deu um banho como Chico Xavier.
De resto, é uma espécie de documentário teatralizado, aparentemente preocupado em narrar de forma praticamente literal os relatos biográficos sobre Chico Xavier publicados nos livros espíritas.
Chico Xavier como personagem é linear, e o tempo todo se apresenta dentro de uma preocupação obsessiva por comprovar que sua mediunidade é autêntica e sua bondade, verdadeira. Nem é o relato de um homem, nem o de um mito. Eu diria que a preocupação do filme foi exclusivamente converter pessoas ao espiritismo... E a pobreza da arte engajada já fez suas vítimas tanto na política, quanto na religião...
Faltou romance, roteiro, para fazer as ligações que produzam o sentido de uma história. Faltou ficção, e talvez por isso os relatos autênticos da vida de Chico acabaram tomando o lugar da ficção que faz um bom filme.
Foi, pois, na minha opinião, um filme apenas regular.
Não falo sem conhecimento de causa do objeto deste filme. Eu conheci pessoalmente Chico Xavier e tive nesta minha vida quase 30 anos de militância espírita.
Acho que um filme que lhe faça jus e que seja uma peça interessante de arte cinematográfica ainda está por ser produzido.
Abraço a todos.

Jimmy Leão disse...

Acredito que o filme seguiu a sua intenção. pois ele retratou momentos da vida do Chico pela a perspectiva literária espírita paralalemente ao caso em que uma de suas cartas ajudou da absolvição de um inocente.Não precisa contar detalhadamente a vida dele, daí serviria um documentário. E caso ouvesse ficção para "ligar os fatos" o filme trairía o seu principal público que inegavelmente é o Espírita. Gostei do filme principalmente por não ser um filme tenso, e muito menos melodramático foi, em muitos momentos, até descontraído.pois para ver sofrimento não se precisa ir ao cinema...

Anônimo disse...

Jimmy Leão,

"para ver sofrimento não se precisa ir ao cinema"? - argumento absurdo, essa noção é ridiculamente estreita; a tragédia no cinema então é desnecessária?

Aron

Luiz Signates disse...

Respeito muito o comentário de Jimmy Leão, mas discordo em vários pontos e, a propósito, chamo a atenção para o enfoque dele, inteiramente diferente do meu.

O filme "Chico Xavier", no enfoque dele, não seria - e não precisaria ser - mais do que um produto sob encomenda, feito para agradar e ser consumido por um público segmentado: o espírita.
Sendo isso verdade, foi um filme-espelho. O espírita que for ao cinema irá ver apenas o que ele já conhece, irá gozar o prazer narcísico da exibição de sua identidade ideológica. Sim, porque para o espírita, o filme não traz uma única novidade sequer. Pasmem vocês que eu assisti o filme uma única vez e fui capaz de antecipar várias falas, da prece de Cáritas ao "morra com educação"... ehehehe

Vejo, em minha crítica, cinema como arte. Neste caso, como afirmei e confirmou o Leão, "Chico Xavier" não é um documentário, apesar da linguagem utilizada ser muito próxima, e da intencionalidade documental ser bastante visível.

Mas, também não é um filme ficcional. Aliás, discordo muito do Jimmy Leão, nesse aspecto. Não haveria qualquer "traição", se tivesse caminhado para o lado da ficção, salvo se se mantivesse configurada essa incompreensível e doutrinadora intencionalidade documental.

Daí porque reitero: é apenas um filme de divulgação, doutrinário, pregador, no qual a linguagem religiosa opera exclusivamente dentro de sua lógica autoreferencial: a busca da conversão, pela contínua e repetida repetição de seus próprios termos.

E é nesse sentido que afirmo ter sido um filme pobre, sob a ressalva do ótimo desempenho de Nelson Xavier e sem perder o reconhecimento de que o personagem retratado fora um homem extraordinário, a quem conheci em pessoa e admiro extremamente.

Luiz Signates

PS.: Nada a ver o que digo com essa discussão sobre sofrimento e melodrama. Que fosse trágico ou cômico, e tivesse um roteiro melhor. Mas, nem drama chegou a ser...

Haroldo de Souza disse...

É lamentável como as pessoas não conhecem e não entendem a doutrina espírita. Lamento bastante professor Luiz Signates. O senhor falar que foi espírita por tanto tempo e não entender a mensagem contida no filme.

O filme não é pobre, professor Signates. O senhor sabe dos ensinamentos da doutrina e afirma o que, infelizmente, não conhece.

Pelos Dias: por favor, informe seu nome. Seu comentário é pobre quando acusa o Jimmy com "seu comentário absurdo".

Você e professor Luiz Signates deveriam entender a importãncia da doutrina.

Luiz Signates disse...

Estimado Haroldo.

Perdoe-me, mas minha discussão era sobre o filme, não sobre o espiritismo.

Claro que entendi a mensagem do filme. Aliás, não foi outra coisa que eu falei. O filme é espírita, do começo ao fim. E como o é! Doutrinário, como eu disse.

Eu só quis discutir aqui o valor como obra cinematográfica. Claro que você pode questionar o nível ou a qualidade do meu conhecimento sobre cinema... Mas, aí, concorde comigo, a questão não é a mensagem contida no filme...

Eis porque, amigo, qualquer que seja a importância da doutrina espírita, como você comenta, esta é outra discussão. Aliás, podendo até reforçar essa sua posição, reitero o achei que havia dito com suficiente clareza: Chico Xavier, pela pessoa que foi - e talvez até o espiritismo, por extensão - merece algo muito melhor...

Perdoe-me se não consegui me fazer entender por você, amigo.

Abraço

Luiz Signates

Anônimo disse...

Haroldo,

o 'Aron' ali no final do comentário é um e por acaso meu nome (pelos dias é a identificação da Wordpress, onde mantenho um blogue com esse nome).

achei que a pergunta [a tragédia no cinema então é desnecessária?] tinha sido uma "deixa" suficiente pra se pegar o fio do raciocínio sobre quão absurdo é falar que "para ver sofrimento não se precisa ir ao cinema".

vou mudar a pergunta então: há propósito para o cinema? você concorda com o Jimmy e acha que o cinema não deve mostrar sofrimento, pois fora dele já há sofrimento?

isso não é limitar as possibilidades do cinema? e, se você o considera uma arte (como eu considero), isso não é amputar a própria capacidade da arte de falar do "mundo"?

se isso ainda não fez sentido pra você, pense na enorme quantidade de filmes grandiosos que perdem a validade com essa afirmação... entendeu o absurdo aí?

Aron

Raphael Irerê disse...

Concordo com o professor Signates em vários pontos.

O filme não faz nenhum ataque ao catolicismo, se o fizesse teria questionado as convicções desta religião.
O que ele demonstra é a representação "Teatral" (como diz o professor) das atitudes que os religiosos locais tem em relação ao espiritismo. E mostra o respeito que Chico possuia para com essa religião tão vital para a nossa formação como nação.

Mas eu não fico pasmado em antecipar falar e trechos do filme, por isso estar espalhado em várias literaturas sobre o médium. Muitos "causos" são utilizados como exemplos de vida ou de atitude mesmo em conversas entre espíritas ou conhecedores da vida do Chico. Assim como antecipei várias falas em "O Senhor dos Anéis".

Discordo sobre o carater doutrinário e pregador do filme. Se o fosse, conceitos espíritas estariam muito mais evidentes, o que não acontece.

Se parece é por consequências que as atitudes de Chico refletirem muito a sua convicção.

A Conversa que ele tem com o Padre Scarzelo (o que é amigo dele) poderia ter sido mais explícita nesse sentido quando ele diz que vai "abrir um lugar para ajudar as pessoas".

Não consigo encontrar essa busca da conversão, poderia citar algum trecho?

Mss atenção: não estamos dizendo o que o espiritismo ou o catolicismo é ou deixa de ser e sim sobre a "Obra Cinematográfica" que o filme representa. Por favor não se exaltem nesse critério.

Afinal a fé de cada é de cada um e não é "digna" dessa discussão.

Luiz Signates disse...

Olá, Raphael.

Não discutirei, por economia de tempo e texto, aquilo com o qual vc concorda (inclusive e sobretudo não fazer debate religioso num blog dedicado ao cinema). Vamos ao ponto.

Vc discorda do caráter doutrinário do filme. Falemos sobre esse assunto.

Vejo isso em vários pontos. Primeiro, a situação que foi tomada como fio condutor da trama: o debate televisivo. É dele que saem os flash-backs, é dele que sai o conflito humano principal, dos pais que perderam a filha... Ali está o núcleo do roteiro.

Nesse núcleo é que vi com destaque grande parte da intenção pregacionista, pelo próprio fato do diretor situar no centro do argumento a exposição das "idéias de Chico Xavier". Mas, não apenas isso. Vejamos.

Vc poderia, até com certa razão, dizer que essas coisas foram colocadas apenas para apresentar a vida do personagem, como um gancho narrativo.

Acontece que, como você sugeriu, a meu ver acertadamente, o filme não é uma história de um personagem, e sim um conjunto de casos. Não há um ou mais personagens coadjuvantes que seguem na trama com o personagem e encaminham o filme para uma solução dramatúrgica. É como se o filme não fosse sobre o personagem, e sim sobre a "missão" dele... Olhaí de novo a intenção doutrinadora...

Tudo bem, há filmes que fazem isso. Mas, aí, o argumento anterior, do gancho narrativo, fica prejudicado...

Daí minha crítica: o blablabla do Pinga Fogo e os momentos narrativos do filme que a ele se ligam, só podem ter intenção doutrinária, pregadora, embora superficial (concordo com vc, nisso).

Aliás, grande parte das falas do Chico no programa é repetida no final, durante a passagem dos créditos, desta vez com as gravações do próprio Chico Xavier (momento em que o filme parece assumir inteiramente sua intenção quase documentarista).

Veja, portanto, Raphael, que, diferente do que entendi como sua conclusão, de que o espiritismo aparece no filme como uma mera consequência das convicções que animavam as atitudes de Chico Xavier, penso que, ao contrário, a exposição da vida dele, fragmentada e recorrente como foi feita, é que serviu para conduzir a demonstração do argumento espírita.

Abraço

Luiz Signates

Anônimo disse...

Sem ofensas, mas vocês se levam a sério demais.

Luiz Signates disse...

ehehehehe...
Pior é que concordo com o Anônimo...
Tenho esse defeito mesmo...
ehehehe...

Anônimo disse...

Ironias bobas e respostas mal educadas não levam a lugar nenhum. Tem gente tentando mostrar um intelecto que não tem e caindo no reducionismo.

Ainda bem que esse não é o caso de todo mundo nesse post.
p.s.: discutir religião rende, mas discutir religião no cinema rende muito mais. Vamos que vamos!

Anônimo 2

aron disse...

anônimo 1, verdade... não quer perder seu tempo se levando a sério também? pode ser divertido lol

anônimo 2, e quem é essa gente? (isso, estou me fazendo de bobo pra conseguir a confirmação)

Anônimo disse...

Ah não. Gosto de levar tudo na piada. E fico feliz que não tenham levado meu próprio comentário a sério.

Anônimo 1

Anônimo disse...

PARTE 1
"Daí porque reitero: é apenas um filme de divulgação, doutrinário, pregador, no qual a linguagem religiosa opera exclusivamente dentro de sua lógica autoreferencial: a busca da conversão, pela contínua e repetida repetição de seus próprios termos."

Bem... em meus 22 anos de espiritismo (com oportunidade de ter escolhido outra religião, inclusive fui batizado) e de vida, as constatações mais importantes que pude absorver do espiritismo são que:
1) Espiritismo não te põe na seta, ele mostra o caminho, você sobe na seta se quiser. (Não vou nem discutir o quanto é apelativa a linguagem de outras religiões que já tive a oportunidade de conhecer)
2) Espiritismo é pra mim o que mais se aproxima do "cristianismo primitivo", aquilo que aprendo com professores de historia do ensino médio que seriam os ensinamentos de Jesus, seja ele personagem literária, messias, ou um ser humano comum.

Pra mim o filme é o que tem que ser. Pode ter sido divulgador, sim. Mas duvido que tenha sido pregador ou doutrinário. Ele pode ter se expressado numa linguagem auto referencial (o que apreciei), mas acho que uma "busca da conversão" não esteve presente. Acho que o filme sobre o Chico Xavier não deveria abordar tanto esse binômio "fé x razão", talvez se abordasse isso num filme sobre Allan Kardek.

O filme na minha opinião mostrou o espiritismo como um personagem semelhante ao chico: Uma flor erguendo-se dum chão de pedra, para mostrar o que esse chão poderia se tornar se as pedras seguissem um preceito basico do cristianismo, porém tão esquecido e "engodado" por tantas religiões: amar umas às outras. MESMO sendo esmagadas por outras pedras maiores, mais duras, mais incrédulas.

Anônimo disse...

PARTE 2
É um filme lindo, nunca chorei tanto vendo um filme. Não achei melodramático. Não achei nada de excesso. Gostei da forma ludica com que abordaram-no, já que essa religião tem um estigma de "sofrimento". Já vi protestantes, católicos e satanistas converterem-se ao espiritismo só por terem perdido alguém. Já ganhei um livro de um protestante que provava que espiritismo é coisa do demônio (acreditem, isso AINDA existe). Eu sempre fui espirita porque vejo nessa religião o que há de mais humano e respeitoso. Até hoje tenho MINHAS duvidas sobre Deus, sobre cartas psicografadas e tudo o mais. Mas isso não tira de mim a fé, a humanidade, e a crença de que quem difama o espiritismo está desesperado atrás de provas cientificas ou filosoficas ou até religiosas mas guarda rancor por nunca encontrar (como nós também não encontramos, ou alguns de nós talvez encontre)

Enfim, encontrei no filme essa coisa da gente tentar se erguer no meio de tanta desconfiança, sendo que a maioria dos que desconfiam não fazem nem o básico pra melhorar a humanidade, a gente sempre com um sorriso que cobre uma grande chaga dentro de nós.

Pra terminar essa torrente de palavras, uma outra premissa religiosa: "Fora da caridade não há salvação." Cada espírita vive do jeito que quiser. Se uma velha doa com medo de ir pro inferno, ela tá escolhendo o caminho dela. Se você doa (um casaco a um pobre, amor a um carente, conversa a um esquecido, carta psicografada a quem tanto procura e merece) pensando mais no outro que em você, está num caminho mais proximo de humanidade. Claro, tomando sempre cuidado com esse mundo hostil mas que um dia pode emergir da violência. Tá, chega de divagar e ser utópico.

Anônimo disse...

eu sei que posso ter parecido contraditório, mas o que quis dizer é que o filme justamente não tava botando ninguem na seta, inclusive não estava desrespeitando nenhuma outra religião.

Tava mostrando suas convicções no modo de agir de determinadas personagens, nas consequências de atitudes do Chico, um ser humano perfeitamente... humano. Bem como sua religião... toooda suceptível a erros e críticas, mas sempre com esse tom de humildade de ouvir sorrindo o grito alheio...

Enfim D:

Anônimo disse...

E essas queimação de rosca aih em cima hein Aron?
Eu acho que vc já chegou bimbano o cara lá em cima com tanto juizo de valor num só primeiro comentário D:

Tadzinho do jimmy leão :D Você tá certo, e ele também! Agora dêm as mãozinhas!

Anônimo disse...

Vácuo: um buraco no meio com o vazio dentro!

Raphael Irerê disse...

Trollagens e Flames à parte,

Luiz,
Não consigo diferenciar isso do "Paradoxo Tostines": "é fresquinho pq vende mais? ou vende mais pq é fresquinho?"

Concordo com você que poucos momentos do Pinga Fogo são relevantes para a Trama, mas acho q esses seriam os momentos do que você poderia chamar de doutrinação.

Acho que seria como dizer Tropa de Elite é um filme facista ou apologista à essa doutrina (o que discordo).

Mas o "Chico Xavier, o filme" diferente de Tropa de Elite não levanta questionamentos mostra causos e acho que faz juz à história de Chico porque ele não é um mito e sim uma pessoa simples, um mineirinho matuto como ele mesmo frisava.

Mas se eu continuar nessa linha de raciocínio a gente volta à discussão religiosa, o que eu não quero.

Sou estudante de cinema por isso a insistência no questionamento.

Dos filmes sobre Joana D'Arc, o de Luc Bresson me parece mais doutrinário que esse filme.

Abraço
Raphael Irerê

Anônimo disse...

acho que faz juz à história de Chico porque ele não é um mito e sim uma pessoa simples, um mineirinho matuto como ele mesmo frisava. [2] :D

meauhaeuhaehu essa foi mto boa meauhea928hea2 matuto! maeuha928eha2978hea297

Raphael, e o filme do Luthero? Feito por uma instituição protestante :D

(calma gente, eu juro que não tenho nada contra os protestantes D: e meus melhores amigos são ateus eu juuuro que não sou preconceituoso - ou tento não ser)

e juro, Lisandro, que vou parar de falar balela aqui no seu blog, tenho um problema, não consigo me conter :D pronto parei. vou desligar o pc!

Haroldo de Souza disse...

Prof. Signates, perdoe-me a afirmação: o Kardecismo avançou muito nas últimas décadas. O senhor sabe da união de fé e ciência, plenamente realizável. Por isso, o embate cristãos e islamicos, por exemplo, em alguns momentos, soa falso. É possivel ter fé com uma "racionalidade". Sei que o senho concorda comigo, sinceramente. Desta forma, o filme retrata um homem de fé mas com plena aceitação da ciência. Lembre-se do trecho do filme quando Chico Xavier afirma que os filósofos eram mediuns. Com todo respeito ao senhor, o Kardecismo pode ver nesse filme não apenas doutrinação.

Maria Euci Carvalho disse...

Meus caros debatedores,

o filme têm seus problemas. O emmanuel é mesmo engraçado. O importante, porém, são os ensinamentos. Eles estão vivos no filme. É o que tenho a dizer.

Alan de Oliveira - Centro Dona Lourdes disse...

Signates,
você perdeu a fé e não gosta mais do Kardecismo?

Jimmy Leão disse...

Tudo bem, Pelosdias, a culpa do seu ataque para comigo é culpa minha... a minha idéia foi incompleta. O que eu quis dizer sobre sofrimento em relação ao filme do Chico é que, para contar a história dele não é necessário um filme retratando todos os sofrimentos e "pedradas" que ele levou. Não é preciso um "Paixão de Cristo" sobre ele pois já está em obras literárias, matérias jornalísticas, etc e etc. (mas, confesso não sou fã de Drama. posso? Obrigado.)
Outra: "...O espírita que for ao cinema irá ver apenas o que ele já conhece, irá gozar o prazer narcísico da exibição de sua identidade ideológica."
Que que isso!"prazer narcísico" é muito cruel,vc coloca os espíritas todos na mesma fôrma, assim como as demais o espiritismo também tem os "recém covertidos" da qual prefiro "recém-adeptos", e os que se auto-intitulam espíritas mas... enfim.
-terminada coletiva de imprensa-
Outra análise, em relação ao último filme mais ou menos nesse sistema: Bezerra de Menezes, foi um grande avanço. creio que serão marcos: Bezerra de Menezes, Chico Xavier e Nosso Lar. Talvez se tenha a impressão de que ele seja doutrinário pois ele mostra atitudes que o Chico teve REPRESENTANDO o Espiritismo. Ora! Agora vão ter que parar de passar cenas de uma missa pois é "doutrinário"? É muito mais cômodo ficar secretando o que acontece em uma reunião mediúnica para poder ficar criticando e inventando mentiras? pois bem, vejam pelo cinema. O Espiritismo não tem culpa de NÃO ser o que se inventa a seu respeito. Não me responsabilizo se, com o filme, gostarem da doutrina.

Carlos Roberthuz disse...

Olha pessoal o filme não tinha o propósito de mostrar ou esclarecer para o público o que é Kardecismo e sim conta a biografia do Chico Xavier, sendo assim gostei muito do filme. Um fator interessante que pude observar no final do filme, quando estava subindo os crédito momento onde a maioria das pessoas abandona a sala, observei que a maioria absoluta permaneceu na sala de projeção até o final. (isso não é um fenômeno incomum?)

Anônimo disse...

observei que a maioria absoluta permaneceu na sala de projeção até o final. [2] (e teve um bebê de colo que não chorou durante o filme inteiro. muita coragem levarem um nenem pra sala de cinema)

aron disse...

Jimmy Leão,

aaaaaaaaaa ta... benditos mal entendidos...


obs: pra evitar mais mal entendidos desloguei da wordpress antes de comentar.

Anônimo disse...

Não vou dizer. Acho que vc é intelectual o suficiente para adivinhar! (será?)
Tem gente que se continuar arrongante assim chegará longe... Longe de qualquer possibilidade de respeito as diferenças.
Taí a prova que nem só os conservadores são extremistas.

Anônimo 2

Anônimo disse...

Pinga-fogo nesse anonimato todo D:

Luiz Signates disse...

Bem, de tudo o que li, em relação ao que escrevi, confesso que nada tenho para dizer de novo.

Restou-me apenas uma pergunta simples, que repasso ao Prof. Lisandro, meu amigo e minha referência no assunto:

Será que é impossível debater cinema sobre personalidade religiosa, sem que o debate religioso venha junto?

Eu sempre pensei que seria possível, afinal, adorei assistir o "Auto da Compadecida", com o Selton Melo e o Matheus Nachtergaele...

Abraço a todos!

Luiz Signates

Raphael Irerê disse...

Juro que tentei manter o debate fora do aspecto religioso, mas enfim.
Concordo com o professor Signates quanto as falhas cinematográficas do filme.
Discordo da idéia de doutrinário.
Pena o debate terminar assim.

Até o próximo.

Lisandro Nogueira disse...

Caros amigos,

O filme "Chico Xavier" fez uma escolha: contar a história dele, Xavier. Utiliza das ferramentas mais simples do "cinema de estrutura clássica". O personagem conduz a narrativa e procura o "convencimento" de todas as maneiras.

É bem realizado tecnicamente: iluminação, cenários e a bela trilha de Egberto Gismonti.

A obsessão pelo convencimento e "provas" é intensa. Só a ficção não é suficiente. Busca-se a prova da "verdade" ao inserir o programa de TV, realizado em 1971.

Não é um filme criativo e realiza o convencional com o claro intuito de se comunicar rapidamente. O espectador há décadas conhece e decodifica esse tipo de estrutura narrativa. Sendo assim, o filme é rapidamente acolhido.

Há sentimento no personagem. Porém, há muito sentimentalismo na maneira de endossar a narrativa: closes, diálogos singelos-oportunistas, etc.

Ou seja, é cinematograficamente comum e o objetivo era esse mesmo: emocionar e angariar a rápida simpatia.

Por outro lado, ao centrar no personagem, deixou de lado questões caras ao espiritismo: a relação fé e ciência, por exemplo. Nesse sentido, é um filme de "propaganda". Não quer discutir, problematizar nenhuma questão.

O objetivo é convencer e persuadir. Mesmo assim, é possível falar do que não aparece no filme. Quais os motivos para não tocar em certos temas polêmicos ao Kardecismo? Quais os motivos para "superficializar" questões?

A Igreja Católica sempre foi retratada pelo cinema, com elogios fáceis e críticas contundentes. O Kardecismo aguarda uma obra que problematize suas questões mais graves. Por exemplo: a relação fé e ciência.

Ao optar por uma narrativa clássica, "Chico Xavier" busca a adesão imediata. Busca o mais fácil.

Gosto e admiro Chico Xavier. Mas ele merece um filme mais criativo e iluminador.

aron disse...

anônimo 2,

usar as palavras "ridiculamente" e "absurdo" é tão doído assim? se eu não for polido como o Signates já estou automaticamente errado?

gostaria de saber qual a relação entre ser agressivo e ser extremista... não posso afirmar que uma colocação é absurda (se isso for agressividade, porque sinceramente não concordo que seja) que viro extremista?

e se - lembrando das acusações anteriores - estou tentando mostrar um "intelecto" que não tenho, você poderia mostrar onde está a inconsistência dos meus argumentos. isso abriria a possibilidade para mim revisar o que penso sobre o caso e acrescentaria algo no debate, invés de só ficar apontado dedo.

enfim, sinceramente, acho frescura essas reclamações; o próprio jimmy respondeu tranquilamente.

Luiz Signates disse...

Concordo com o Lisandro, que é referência quando se fala de cinema. E, pelo visto, não parece que errei tanto assim na minha avaliação.

Evidentemente, tudo isso sem que se opere nenhum desprestígio aos espíritas ou ao espiritismo, e muito menos ao grande Francisco Cândido Xavier.

Abraços a todos

Signates

Expedito Gomes (dos Correios) disse...

Professor Signates, gostei de sua avaliação. Saindo do filme, o senhor vê correspondência entre fé e ciência como pensa o Kardecismo?

André luiz disse...

não concordo lisandro, o filme veio para mostrar a vida de chico xavier, e não para abordar a filosofia do espiritísmo...com certeza não aborda a visão científica e se fosse abordar seria uma questão extremamente polêmica, pois não é nada para se tratar em um intervalo pequeno que o de um filme, estou numa casa espírita kardecista desde que nasci (21 anos) e ainda assim existe sempre mais e mais a ser estudado, tanto da religião quanto ciência...achei q o filme veio tratar bem sobre a vida de chico xavier e o ela representou como a quebra do preconceito( em partes), e cumpriu bem esse papel.

Lisandro Nogueira disse...

Caro André Luiz,

Tenho admiração e respeito pelo Chico Xavier: humildade sincera, fé, amor verdadeiro pelo próximo.

Mas estou diante de uma representação de Chico Xavier, construída, manipulada pelos artifícios do cinema. Não estou diante do Chico Xavier.

É uma representação: podemos adotar várias posturas diante da obra. O cinema clássico é hegemônico e sedutor exatamente porque nos envolve com emoção e nos coloca "dentro do filme".

Quando você é "pego pelo filme" seu discernimento e certa racionalidade desaparecem. Há abundância de sentimentos (q., aqui e ali, caminham para o sentimentalismo) que podem nos levar para um lado ou para o outro.

O personagem Chico Xavier é certamente um prato cheio para fazer aflorar os sentimentos mais intensos. Nessa intensidade nosso olhar, carregado de sentimentalismo, se torna opaco para pensar até sobre a Fé. E mais: até o "sentimento de Fé" se esvai para cair no lugar comum do "sentimentalismo da fé".

Não creio que Chico Xavier se oporia a um filme mais instigante sobre ele e o espiritismo. Era um homem inteligente.

Muitos kerdecistas têm afirmado da superficialidade do filme. Os mesmos afirmam tb. que ele contribui decisivamente para esclarecer sobre a doutrina.

Muito obrigado, André Luiz, pela interlocução,

boa noite!!

Lisandro.

Luiz Signates disse...

Caros Lisandro e demais amigos:

Parece-me muito importante, de vez em quando, falarmos o óbvio, já que, nos casos de debate sobre a comunicação e suas simbólicas, o óbvio nem sempre é autoevidente.

Uma obviedade da maior importância que diz aqui este meu estimado amigo e professor é a de que, no cinema, estamos diante de uma representação, e não da própria pessoa. Ou, como eu afirmei em comentários anteriores, de um personagem.

Os religiosos, contudo, são formados para lidar com os aparatos simbólicos como se estes fizessem parte da realidade concreta. Por isso, defendem noções e crenças até a morte.

Na religião, dificilmente se admite com tranquilidade a evidência de que crenças e conceitos são relatos, narrativas ou nomes que utilizamos para nos entender com o drama da vida no mundo. Não são o próprio mundo.

Eis porque criticar um filme dentro do qual o kardecista pôde se enxergar com tanta identificação pareceu para alguns quase um crime contra algo sagrado.

As coisas que o Lisandro afirma são simples, de tão corretas: narrativa clássica, ausência absoluta de criatividade, preocupação (excessiva e desnecessária) com a prova da verdade, superficialidade das abordagens temáticas etc...

É um filme fraco. Fielzinho às crenças espíritas básicas, simpático ao perfil relatado pelo personagem, conciliador com a Igreja Católica e orientado para angariar simpatia e agrado, especialmente dos espíritas.

Mas, como obra cinematográfica, fraquinho. Roteiro fraco. Trama fraca. Argumento fraco.

Fazer o quê?

Criticar, uai. Gente, criem modos. Façam algo melhor. ehehe

Abraço grande

Luiz Signates

Francielle Felipe disse...

Lisandro e Signates, faço minhas suas palavras quanto à análise do filme.
Enquanto membro da federação espírita de Goiás, ajudei a divulgar e reconheço o quanto este tipo de iniciativa vem a colaborar para a expansão da religião no país principalmente entre os simpatizantes "espiritólicos".
Entretanto, o filme é isso mesmo, passível de críticas. Inegavelmente bem feito, contudo sem criatividade, bastante previsível e superficial. Concebido bem ao gosto do freguês - o espírita.
Afogados em emoções fáceis e lágrimas, saímos satisfeitos com a representação respeitosa do “nosso Chico”.
Interessante notar que o filme foi lançado às vésperas da nova novela das 8 da Globo, "Escrito nas Estrelas" que promete discutir temas polêmicos, inclusive a vida após a morte. O filme contou com programa especial no Globo Repórter, chamadas no Fantástico, merchandising nos programas Mais Você, Caldeirao do Huck e outros. Ganhou até paródia no Casseta e Planeta.
Seria um marketing de guerrilha? Agenda setting? Colocar o espiritismo em pauta na discussão, para favorecer o consumo de um novo produto televisivo? Pode ser.
Só sei que do ponto de vista do consumidor espírita, o filme foi feito para não surpreender negativamente ou incomodar mais de 3 milhões de brasileiros que professam esta fé. Afinal, este nicho de mercado que rende milhões em venda de livros é ainda pouco explorado. O target em sua grande maioria, é de classe média, nível educacional médio/superior, têm poder aquisitivo para lotar salas de cinema e adquirir todos os subprodutos que advêm desta empreitada. Eu enquanto marketeira faria qualquer negócio para mantê-los satisfeitos.
Chico Xavier conta com todo o meu respeito e admiração. Não foi mal representado, apenas podia ser melhor. Muuiiitoooo melhor.
Abs,
Francielle

Luiz Signates disse...

Apenas para não deixar de responder ao Expedito, que, acima, me indagou sobre a questão da relação entre fé e ciência, peço a licença dos amigos para, exclusivamente neste post, não falar de cinema.
Sugiro ao amigo Expedido que leia um texto antigo meu que discute a visão espírita sobre o conflito entre fé e racionalidade, numa perspectiva habermasiana.
Está na internet: http://www.ipepe.com.br/raciocinar.html

Abraço grande

Luiz Signates

Expedito Gomes (dos Correios) disse...

Seu texto é muito bom e esclarecedor. A fé a ciência no espiritismo deveriam ser estudadas. Muito obrigado pela dica do texto.

Expedito

Anônimo disse...

Penso que, se o objetivo do filme foi angariar simpatias ao Espiritismo e à célebre personalidade de Chico Xavier, ele cumpriu muito bem o seu papel.
Ademais, qual o problema de se fazer um filme com esse intuito? Outras causas e ideologias também não se utilizam do cinema para tal fim?

Abraço a todos!

Anônimo disse...

(o post de cima foi escrito pelo Anônimo 3, blza?)

Ângela Moraes disse...

Penso que o filme é do tamnaho de seus produtores e roteiristas. É um filme para grande público e não apenas para espíritas. Por isso foi baseado no livro do jornalista Souto Maior. Gostei dos cenários e da iluminação e dos três atores que interpretaram Chico. Quem, talvez, tenha conhecido Chico Xavier de perto e participado ativamente do movimento espírita possa reclamar da superficialidade. Mas o filme cumpre seu papel de "homenagem" ao centenário do médium. Quem quiser um debate sério sobre fé e razão tem que buscar livros acadêmicos ou procurar produtoras menos comerciais.

Luiz Signates disse...

Bom receber a colega Ângela Moraes nesse debate. Nunca resisti a uma boa altercação c/ela... ehehehe

Se objetivo do filme era homenagear o centenário do médium, vou concordar com ela. Papel cumprido.

Mas, que o filme foi para o grande público, disso eu discordo completamente. Aliás, a quem interessa homenagear Chico Xavier, senão, prioritariamente, os espíritas?

Sinto, querida Ângela, o filme é espírita e dirigido ao público espírita. Aliás, foi justamente entre os espíritas que o livro do Souto Maior fez seu sucesso de vendas...

Essa coisa da superficialidade temática pode até ser. Mas, não era disso que eu estava falando, e sim da pobreza do roteiro.

Por fim, concordo: o filme é do tamanho de seus produtores e roteiristas. Obviedade impecável, que não salva a película sob nenhum aspecto.

Abraço grande

Luiz Signates

Ângela Moraes disse...

O filme é para o grande público sim, Signates. Tenho visto na imprensa inúmeras reportagens neste sentido. Muita gente que não é espírita está assistindo, as filas estão enormes. Seria como os espíritas assistirem filmes sobre Madre Tereza, ou Ghandi. Há algo na personalidade do Chico que transcende o rótulo espírita.

Ângela Moraes disse...

Gostaria apenas de fazer mais uma referência em relação aos atores: não gostei da interpretação de Emmanuel. Pelo papel que ele teve na vida de Chico, demontrando um caráter austero e professoral,nem o roteirista, nem o ator conseguiram imprimir esta imagem.

Lisandro Nogueira disse...

Profa. Angela: filmes dirigidos ao grande público não podem ser debatidos e questionados? Não conheço nada igual na história, crítica e teorias do cinema. Talvez nas teorias da comunicação?

Ângela Moraes disse...

Caro Lisandro,
Minha pequena participação neste debate foi chamar a atenção para uma elevada expectativa demonstrada pelos comentaristas do blog diante de uma produção que desde o seu início (vide entrevistas concedidas por Daniel Filho e do jornalista Souto Maior)não prometia grandes surpresas. O roteiro é uma série de casos, como também é o livro, e a história do trabalho de Daniel Filho como diretor de filmes não é muito diferente das novelas globais. Achei exagerado tanto estranhamento. Para mim era o esperado.

Edilson Paiva do Nascimento disse...

Não tenho opinião formada sobre o filme. Sou espírita há 25 anos. Só quero dizer uma coisa. Não encontrei um debate tão bom como esse. Me ajuda a ver muitas coisas, de um lado e de outro. As pessoas que debatem são responsáveis e ajudam a gente a querer saber mais.

Edilson Paiva do Nascimanto, rua Sergipe, Goiânia.

Ângela Moraes disse...

PS... Minhas considerações partem de uma categoria denominada "posições-sujeito" em análise de discurso francesa. Não se referem às teorias de comunicação propriamente ditas. A partir desta categoria, percebemos que alguns enunciados discursivos são previstos em um sistema de possibilidades. Obviamente que os sujeitos podem surpreender, contudo, não foi o caso dos produtores desse filme. Expliquei-me, Lisandro?

Lisandro disse...

No cinema o que interessa mesmo é a "obra, o filme". O extra-filme é relativamente importante mas secundário. Vamos ao filme?

Fabrício Cordeiro disse...

Os óculos do Chico Xavier não são 3-D, mas ele via coisas que ninguém mais via. E também me fez pensar em "Eles Vivem", de John Carpenter. Ei, ELES VIVEM, tudo a ver!

Enfim, achei um porre de filme. É mal escrito a ponto de lembrar aquelas reconstituições (Ramos lendo a carta). Antonelli falando "Cadê essa pessoa que eu num vejo?" é... bem, é.

Detalhe para uma cena mega constrangedora num avião, em que Ailton Graça interpreta o "Passageiro 1". Digna de Casseta e Planeta. Nos créditos finais, tem a parte da entrevista real em que o Chico conta a história com efeito de humor maior do que a cena filmada. Taí: Chico Xavier, melhor contador de histórias do que Daniel Filho.

Fabrício Cordeiro disse...

Há público não espírita assistindo ao filme, mas é evidente que sua massa de público seja constituída por espíritas. E todos sabem o imenso número de espíritas no Brasil. Não por acaso, todos que forem a uma sessão de "Chico Xavier" assistirão a um trailer medonho de "Nosso Lar".

Nesse sentido, não difere muito de um "A Paixão de Cristo". Como diria amigo meu: é filme que já vem com torcida organizada.

Nada de errado nisso. É apenas uma constatação. Eu, que não sou espírita, mas sou cinéfilo, só queria mesmo um filme bom.

Em tempo: acho que o tom de pregação é mais num sentido natural, por ser sobre Xavier. De qualquer forma, incomoda. Mas menos do que a pregação de "O Livro de Eli".

Twitter: @fabridoss

Fabrício Cordeiro disse...

Correção no último parágrafo: "ME incomoda", ok? Faltou um "ME" ali.

@Twitter: @fabridoss

Alan de Queiroz. disse...

Sr. Fabricio, mais respeito!! O senhor não viu o filme de forma séria. Faça sua crítica mas sem deboche. O espiritismo esperava um filme desse. Tem seus problemas, como todo filme. Daniel Filho conseguiu dar uma seriedade incrivel para o filme.

Fabrício Cordeiro disse...

(Ler com humor) --> Respeito aí com meu senso de humor, Sr. Alan!

E acho que quem deveria ter seriedade é Daniel Filho, ao fazer o filme.

*

No mais: sou a favor de debochar de filmes ruins;

não sou a favor de debochar de religiões (o que não fiz);

sou a favor de debochar de certos ATOS religiosos (o que também não fiz, mas sou a favor caso ache que mereçam - como aquele caso recente do time do Santos).

Raphael Irerê disse...

quando o Twittmic consguir voltar a funcionar: http://tweetmic.com/p/rgne0dbz27x
o comentário do Pablo Villaça sobre o filme.

Kaíque Agostineti disse...

Para deixar meu comentário sobre tudo o que eu vi...

Se tratando de um filme brasileiro produzido pela Globo Filmes, não esperava muita coisa. Concordo com o professor Signates ao atentar para o lado extremamente documental da obra, tanto que a entrevista ficcional que servirá como base para o desenvolver da história pouco se difere da entrevista real exibida durante os créditos.

Vejo também, como o Lisandro,várias tentativas de 'convencimento' da sanidade do protagonista, o que para mim já seria o bastante para dizer que o filme é Doutrinário.

Por se tratar de um filme que se propôs falar de Chico Xavier, como o próprio nome diz, penso que este não atendeu o objetivo por mostrar muito mais uma história do que a discussão sobre um homem. Isso pode ser comprovado pela falta de complexidade do personagem e pelos saltos temporais que acontece, da infância para a juventude, posteriormente para idade adulta e a falta de detalhes da sua relação com sua família e com as pessoas que o acompanhavam.

Quanto ao Kardecismo, não sei sobre o que falar. Sou leigo sobre o assunto e não sou adepto de alguma religião, para ter conceitos ou preconceitos sobre ele.

Penso apenas que o filme não atende ao que propôs, é um mix entre um personagem e o espiritismo, mas que não aborda nem o primeiro (como propõe o título), nem o segundo de forma profunda e crítica.

Orlando Peixoto, do setor Bueno 2 disse...

É impressionante ver os comentários. Gente! temos que ver a importância do filme que dissemina a imagem boa de Chico para todos os brasileiros. Ora, o que querem mais? Um filme edificante, é pouco?

Rosana de Paula disse...

Por favor, deixem o filme fazer sucesso. Professor Lisandro, qual o problema do sucesso desse filme? Vamos aplaudir.

Marilia Alecar Sobrinho. disse...

Eu, Orlando e Rosana, somos da comunidade "Viver Bem". Estamos participando do blog para manifestar nossa alegria pelo filme vibrante e sincero sobre Chico Xavier.

Anônimo disse...

Vamos mudar de assunto? 10 dias falando desse filme é demais! Tah bom neh?

Anônimo 2

Anônimo disse...

Será PORQUE o assunto rende tanto, sr. Anônimo 2?
Senão estiver gostando, porque ainda está aqui lendo os posts?

Anônimo 3.

Anônimo disse...

se não* ---> (separado).


Anônimo 3.

Anônimo disse...

se não* ----> (separado).

Anônimo 3.

Kaíque Agostineti disse...

O problema nunca foi o sucesso do filme...e outra, do mesmo jeito que nós deixamos o filme fazer sucesso (até pq essa decisão não é da nossa alçada)... Vocês devem deixar a gnt criticá-lo como quisermos.

Isso é democracia.

Anônimo disse...

Anônimo 3:
por que é filme fácil de se ter uma opinião. Simples assim. Quero ver um post com tantos comentários em textos sobre filmes mais complexos, ai o povo foge!
Não estou menosprezando o Chico Xavier, bacana o pessoal se envolver e comentar, só estou dizendo que esse post já deu o que tinha que dar.

Anônimo disse...

Opa... o aí de cinema é meu: Anônimo 2

Fabrício Cordeiro disse...

Suspeito que os "Anônimos" sejam posts criptografados.

@fabridoss

Anônimo disse...

Gente pelo o amor de Deus o filme foi bem feito!
(Mas não concordo). Com a doutrina ensina por ele, primeiramente ele foge totalmente os conceitos da biblia,na propia biblia fala que nao existe encarnação, muito menos piscografia.
Não tenho nada contra espirito, tanto que tenho membros da minha familia e trato com o mesmo respeito, carinho e amor.Mas a religião nao se contradiz com a biblia. Abração ai para todos

Anônimo disse...

Que bom que vivemos numa democracia!
Acho superimportante a discussão saudável sobre qualquer assunto. Entretanto, a discussão aqui começa a se repetir. Tanta réplica e tréplica que não levam a um consenso.
Graças a Deus, temos liberdade (de crença, opinão, escolha, etc.) e assim sendo, todas as pessoas merecem respeito e devem respeitar a opinião e opção alheia.


Anônimo, acho que "portuguesmente" falando, não entendi sua colocação: "Mas a religião nao se contradiz com a biblia", contudo, devo frisar: o espiritismo NÃO contradiz a Bíblia; as interpretações da escritura podem ser diversas, e isto também é democracia.

Lucilene

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