quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Comédias românticas prejudicam vida afetiva

Pesquisa mostra que filmes criam expectativas pouco realistas sobre o amor ( "Se eu fosse você 2" pode ser um exemplo? )


Lisandro Nogueira

O filme Se eu fosse você 2 bate recordes de público. São mais de 3.5000 milhões de ingressos vendidos em todo o Brasil. Não é pouco. O filme também superou todos os filmes estrangeiros em cartaz. Até o Curioso caso de Benjamin Button, 9 indicações para o Oscar, perdeu para a comédia protagonizada por Tony Ramos e Glória Pires. A produção ainda bateu Tropa de Elite (filme mais visto em 2007) e Meu nome não é Johnny (mais visto em 2008).

O filme é um fenômeno de bilheteria. Se eu fosse você 2 é divertido e ponto. Repleto de clichês concernentes ao universo dos relacionamentos a dois, faz rir e colabora para a visibilidade do cinema brasileiro. No meu comentário na TV Anhanguera, afirmei a importância do filme para o estabelecimento de uma indústria nacional de cinema.

Mas não podemos afirmar que é um "grande filme". O cinema brasileiro pena para consolidar uma indústria do audiovisual. Não é por esse motivo que vamos "proteger" a comédia, sucesso inquestionável de público, de qualquer crítica (como já foi sugerido aqui no blog - nos comentários abaixo do post sobre avaliação dos filmes em cartaz).

O filme tem limitações: são lugares comuns sobre a vida de um casal. São encenadas situações que geram riso a partir de clichês preconceituosos e normatizadores. Os diálogos são extremamente pobres comparados às boas comédias do cinema. Os atores também são limitados: atribuo boa parte do sucesso ao processo de transferência da TV para o cinema. Explico: são atores de telenovela (um gênero com extrema limitação estética) que fazem praticamente os mesmos personagens há anos. O público se identifica, cria empatia e os clichês de interpretação se tornam recorrentes - e como boa parte do público não tem outros parâmetros (ler meu texto "O olhar domesticado", aqui no blog), cria-se o senso comum alicerçado nas afirmações "são bons demais" ou "são maravilhosos e só os críticos chatos é que torcem o nariz".

Aliás, esse filme está demonstrando a fragilidade dos comentaristas de cinema. Se o filme é sucesso de bilheteria, não se lê, não se vê e não se ouvem críticas; se ele faz rir e diverte o público, como um crítico de cinema pode desaboná-lo?; se o cinema brasileiro precisa tanto de público, como um crítico de cinema pode falar mal?

Para finalizar, sem ironia, e procurando me divertir também, foi publicada uma pesquisa pela Universidade de Edimburgo. A pesquisa afirma que comédias românticas prejudicam a vida afetiva. Tenho muitas restrições a esse tipo de pesquisa, mas conversei por email com amigos na Inglaterra. Eles disseram que a instituição é bem séria e a pesquisa deve ser levada em consideração. De qualquer forma, os convido para ler o resumo logo abaixo. Talvez o conceito de "olhar domesticado" encontre nesta pesquisa um bom amparo e sentido.

BBC Brasil

- Assistir a comédias românticas ou ler revistas femininas e masculinas pode prejudicar a vida amorosa e afetiva, afirma uma pesquisa da Heriot-Watt University, em Edimburgo, divulgada nesta quarta-feira (17 de dezembro de 2008).

Segundo os cientistas do Laboratório de Relações Pessoais e de Família da universidade, os filmes e as revistas mostram situações idealizadas, distantes da realidade de seu público, criando expectativas que não serão correspondidas. A equipe liderada pelos psicólogos Bjarne Holmes e Kimberly Johnson estudou 40 das comédias românticas mais assistidas entre 1995 e 2005, além das revistas, e concluiu que elas trazem um tema comum: a idéia de uma "alma gêmea", que estamos todos predestinados a conhecer e que deveria nos conhecer instintivamente tão bem que poderiam "quase ler nossas mentes".

Depois de estudar os filmes, os pesquisadores pediram a centenas de pessoas que respondessem a um questionário descrevendo suas crenças e expectativas sobre seus relacionamentos. Segundo os cientistas, os fãs de filmes como Mensagem para você, O Casamento dos meus sonhos e Enquanto você dormia normalmente não conseguem se comunicar efetivamente com seus parceiros. Para Holmes, as conclusões podem ter implicações profundas em nossas vidas. "Terapeutas de casais vêem com freqüência casais que acreditam que os homens e as mulheres querem coisas bem diferentes de suas relações, que o sexo deve ser perfeito sempre, e que se uma pessoa foi 'feita para você', então ela vai saber o que você quer, sem que você precise comunicá-lo."

"Agora temos algumas evidências que sugerem que a mídia popular tem um papel em perpetuar essas idéias na mente das pessoas." Para Holmes, a pesquisa descobriu uma verdade pouco confortável: "o problema é que enquanto que a maioria de nós sabe que a idéia de um relacionamento perfeito não é realista, alguns de nós somos mais influenciados pelas imagens mostradas na mídia do que nos damos conta."

"Os filmes capturam a excitação de um novo relacionamento, mas eles também sugerem, erradamente, que a confiança e o amor comprometido existem a partir do momento em que as pessoas se conhecem, enquanto que essas qualidades, normalmente, levam anos para se desenvolver", diz Kimberly Johnson. Os pesquisadores agora pretendem lançar uma pesquisa global sobre a influência da mídia nos relacionamentos, e pedem aos interessados que participem respondendo a um questionário pela internet. BBC Brasil. -

20 Comentários

Anônimo disse...

não é preciso uma pesquisa para constatar isso, poderiam ter ido mais fundo.

Anônimo disse...

Oi, Lisandro. Essa pesquisa também me chamou a atenção. Fiquei surpreso, não com a tese, mas com a falsa novidade que ela traz (talvez seja efeito da notícia, mas não me parece). É minha citação recorrente, mas Adorno e Horkheimer já apontavam a oferta de uma pseudo-individualidade modelar como uma das ações da indústria cultural sobre os consumidores. E não faltam, também, proposições desses teóricos sobre a psicologia que resulta dessa interação mídia-indivíduo.
Acontece que a academia também participa do sistema. Ela precisa de "novidades", e a rotação dos modismos, ao que parece, forjou a impressão de que há um tese nova e surpreendente sobre as comédias-românticas.
Por outro lado, é até bom que isso aconteça: a pesquisa mostra que "velhas" teses, revistas com outros métodos (os da moda?), continuam pertinentes. Enquanto isso, a sociedade de massas avança, assim como as clínicas terapêuticas, e, também, é claro, a indústria do cinema brasileiro.

Anônimo disse...

A tv, a rede Globo, a literatura de botequim prejudicam vida afetiva. E como bem sintetizou Rodrigo Cássio; não é novidade.
Thomas

Anônimo disse...

Acho que as pessoas devem saber separar a ficção da realidade. Ninguém precisa parar de assistir comédias românticas, mas as pessoas também não podem ter a fantasia que um milionário vai se apaixonar por uma prostituta e com ela viver um conto de fadas moderno. É tudo questão de discernimento. Eu gosto de comédias românticas, mas sei que a vida real passa longe daquilo.

Marcus Fidelis disse...

Parabéns pelo comentário, Lisandro. Sobre este tema, o Jurandir Freire Costa tem um livro, Sem Fraude Nem Favor, publicado há alguns anos. Ainda não li, mas uma amiga leu e gostou muito.

Anônimo disse...

Como disse o Rodrigo Cássio,logo acima, nenhuma grande novidade. E não apenas em relação às comédias-românticas. Os consumidores de qualquer mídia parecem sempre perder a noção de certos limites e tentam aplicar às suas vidas o que assistem/ouvem/lêem/jogam (vide jogadores de video-games que resolvem experimentar na vida real os efeitos de descarregar uma arma contra um grupo qualquer).

Na verdade, ainda me questiono a esse respeito: o quão poderoso de fato um produto audio-visual é? O quanto ele consegue influir nas nossas mentes? Talvez me faltem bibliografias suficientes, mas ainda não sou totalmente crente nessa teoria "frankfurtiana" de um receptor completamente passivo. Será que esses filmes/jogos/livros agem na mente de todos ou há alguns infelizes emocionalmente despreparadas que se deixam dominar com extrema facilidade?

Não sei se a responsbilidade está nas comédias-românticas ou no público que as consome, afinal, a indústria do cinema também é refém dos desígnios de seus clientes. E esses talvez tenham, nas últimas décadas, experimentado um certo "vazio de existência" tão grande que acabaram implorando pela produção dessas pequenas doses de drogas audio-visuais para aplacar esse tormento.

Mas divago. De todo modo, costumo ver as baixas-produções cinematográficas mais como uma demanda de mercado do que como uma imposição dos produtores. Talvez, então, o público não esteja com dificuldades em ralacionamentos por assistir comédias-românticas, mas, ao contrário, assistem-nas por ter essas dificuldades na vida real. Os filmes funcionariam, portanto, não como a causa do problema amoroso, mas como uma tentativa infrutífera de compensar essas frustrações.

Renato Dantas

Anônimo disse...

Oi, Renato Dantas. Penso que você faz boas "divagações". Da minha parte, eu diria que não podemos atribuir certas responsabilidade à mídia, como nos casos em que alguém sai atirando por aí, depois de ver um filme violento ou jogar vídeo-game. A maioria das vezes, esse tipo de acusação não procura entender o contexto de recepção, e encontra na "influência" da mídia uma solução fácil. A meu ver, trata-se de um tipo de demonização que só traz prejuízos a quem quer entender melhor os mecanismos da mídia.

No mesmo sentido, a suposta passividade dos receptores é uma tese menos absolutizada na primeira escola de frankfurt do que faz parecer a leitura desses teóricos no âmbito das teorias da comunicação (que, hoje, não quer mais saber deles). É verdade que Adorno/Horkheimer referem-se constantemente aos espectadores como "passivos". Mas isso não implica a obediência total e uniforme aos ditames da mídia, como se não houvesse nenhuma diferença entre os indivíduos, ou como se não houvesse manifestações de resistência. Implica, sim, que há uma margem limitada de ações possíveis (e, de certo modo, programadas em suas diferenças), a partir daquilo que a indústria cultural institui como sociedade normatizada. Ou seja: há nuances a seres consideradas. Grosseiramente, nós até somos cheios de "liberdades" e "alternativas", e podemos, inclusive, discordar da mídia, desde que sejamos os bons consumidores de sempre.

Na minha opinião, muito pode ser discutido a partir dos meandros que a teoria crítica lançou, sobre a manutenção da ideologia, tendo em vista as renovações da indústria cultura nas últimas décadas. Infelizmente, a tendência acadêmica é outra. Vide o levantamento dos principais temas e fundamentações teóricas das pesquisas recentes, publicado numa das últimas revistas da Intercom - ele aponta o declínio gradual de frankfurt e o estabelecimento de novas teorias.

Um abraço.

Anônimo disse...

Oi, Lisandro. Muito bom conhecer seu blog. Ouço sua voz quando leio. Um abraço. Sua ex-aluna Cássia (Lucivânia)

Lisandro Nogueira disse...

Olá Cássia, li um artigo seu no jornal O Popular (sobre as mulheres e a feminilidade). Gostei muito!! Apareça sempre por aqui...suas opiniões são valiosas.

Lisandro Nogueira disse...

Olá Marcus Fidelis, o Marcão do velho Agostiniano e, agora, produtor do Zabriski: li um bom pedaço do livro do Jurandir Freire. As comédias românticas são importantíssimas para avaliar os nossos afetos e nossos problemas com os afetos. Essa velha história de filmes "leves", para divertir, dá "pano para manga". O 'Se eu fosse você 2" camufla muitas questões. O senso comum exorbitante e os preconceitos não deixam o filme ser "simples e ingênuo". Gostei dos comentários do Rodrigo Cássio e Renato tb. Eles problematizam acerca do "romântico" e mostram que as pesquisas sempre têm um fundo falso. Lembro de um livro muito bom, lançado em 1999, "O fundo falso das pesquisas". A autora, Cíntia Crossen, afirma dos enganos e prepotência das pesquisas - principalmente as mercadológicas.
Essa pesquisa inglesa é estranha mas revela algo: os filmes românticos não são simplesmente um divertimento.

Marcus Fidelis disse...

Lisandro, vou ler, assim que puder. Boa dia. Obrigado também pela lembrança de 26 anos atrás (levei um susto agora que fiz a conta. Aliás, outro dia estive lá para pegar uma segunda via e a secretária é a mesma até hoje, muito simpática). Só um esclarecimento, se me permite: já faz tempo que não sou produtor do Zabriskie. Mais precisamente, desde a 2006/7, quando produzi o Guerrilha.

Camila Vieira disse...

Realmente, nenhuma novidade nessa pesquisa...

Anônimo disse...

ACHEI INTERESSANTE A PESQUISA ... REALMENTE SEM GRANDES NOVIDADES ... MAS ÀS VEZES PÁRO PARA PENSAR QUE: A MÍDIA INFLUENCIA TANTO ASSIM AS PESSOAS, OU SERÁ QUE ELA ACABA TAMBÉM REPRODUZINDO UM POUCO DA VIDA DOS TELESPECTADORES?
OU SEJA, NÃO VEJO A MÍDIA (E ISSO INCLUI TELENOVELA, FILMES, ENFIM...)COMO A VILÃ QUE FICA SÓ TENTANDO INFLUENCIAR AS PESSOAS, MAS UMA REPETIDORA DOS COMPORTAMENTOS SOCIAIS. NO CASO DAS COMÉDIAS ROMÂNTICAS, PENSO QUE HÁ UMA TRANSPOSIÇÃO DOS DESEJOS DAS PESSOAS QUE QUEREM TER UMA VIDA A DOIS FELIZ. PESSOAS QUE ACREDITAM NO FINAL FELIZ DA CINDERELA, E PIOR, PESSOAS QUE ACREDITAM NO "PARA SEMPRE", NA CUMPLICIDADE TOTAL E QUE ACHAM QUE SÓ SERÃO FELIZES SE TIVEREM UM COMPANHEIRO.
ESSAS PESSOAS, QUANDO SE DEPARAM COM O DIA A DIA, COM A FALTA DE CUMPLICIDADE, COM AS DIFERENÇAS E ROTINAS, ACABAM SE FRUSTRANDO E SENDO ETERNAMENTE INSATISFEITAS... ACABAM OLHANDO AS COMÉDIAS ROMÂNTICAS COMO ALGO VERDADEIRO E SE CULPAM POR AQUILO NÃO ACONTECER COM ELAS.
E OLHA QUE O MUNDO ESTÁ "ASSIM" DE GENTE DESSE JEITO!

Lisandro Nogueira disse...

Olá Marina: é praticamente um assunto sem fim (se ficção influencia à vida cotidiana ou ao contrário. mas uma coisa é certa: o riso, no filme "Se eu fosse você 2", é proveniente da nossa subjetividade eivada de preconceitos. Não é um riso qualquer: é aparentemente leve mas carrega consigo uma tensão enorme. Vi o filme duas vezes, com sessões lotadas. Em vários momentos senti a força do riso "catártico" desembrulhando vários pacotes de normas e clichês. Volte sempre, Marina.

Anônimo disse...

Lisandro, vou discordar em partes sobre a pesquisa feita sobre esse tipo de filme, assim chamadas de comédias romanticas, que é o meu tipo de filme favorito.
Eles podem trazer ilusão na vida das pessoas, sendo que mostram coisas que podem não bater com a realidade, mas posso chamá-los de um mal necessário nesses dias atuais em termos de relacionamento. Se a gente só pensar no que acontece na realidade podemos dizer que estamos perdidos.
Então, William Shakespeare em sua fase romantica, só para lembrar, é um grande mal que durante muitos séculos vem nos criando expectativas sobre o amor não tão realistas.
Esses filmes mostram o tanto que a realidade é tão dura em termos de amor verdadeiro, [leia Coríntios 1, 13], o tanto que é algo dificil de se encontrar. Sonhar não faz mal também.
Mas há comédias romanticas [seriados/filmes]que mostram a dificuldade que é achar alguém certo e pra vida toda, e o melhor exemplo que tenho é o filme e o seriado "Sex and the city" [prinicipalmente o seriado], que mostra a visão de um dos lados mas dá pra perceber como é a realidade mesmo sendo em Nova York, mas há como identificar em qualquer parte do mundo e fazer críticas sobre a realidade atual.

Sobre "Se eu fosse você 2", mostra assim como o 1º filme o que seria de um homem no corpo de uma mulher e vice-versa e a gravidez na adolescência. O primeiro tema pode ser um tema pra trazer risos ao telespectador mas por um lado mostra que ambos os sexos podem acabar se conhecendo e ver a diferenças de ser homem e de ser mulher, é um tema interessante, que pode ser pura ficção mas que retoma um pouco da guerra dos sexos. Isso acontece desde que o ser humano existe, por isso pode-se chamar esse filme de limitado?
Já o segundo tema é algo real que acontece diariamente: a gravidez precoce. Isso mostra a realidade atual, pode não ter sido retratado como foi em "Juno", mas é algo real que eles quiseram levar para um lado mais comico apesar de ser um tema bastante real. Ainda mais se tratando na realidade brasileira.

Os atores são alguns dos melhores atores que existem nesse país, apesar de serem de novelas. Mas são as novelas e o teatro que aparecem muitos atores excelentes.

O país está precisando mesmo de mais visibilidade nesse meio. Filmes assim tem papel importante apesar de seus inumeros cliches. Ainda mais que é dificil um filme brasleiro com um grande elenco como esse ter várias continuações como vai ter. Como disse antes... é um mal necessário.

Anônimo disse...

Lisandro, vou discordar em partes sobre a pesquisa feita sobre esse tipo de filme, assim chamadas de comédias romanticas, que é o meu tipo de filme favorito.
Eles podem trazer ilusão na vida das pessoas, sendo que mostram coisas que podem não bater com a realidade, mas posso chamá-los de um mal necessário nesses dias atuais em termos de relacionamento. Se a gente só pensar no que acontece na realidade podemos dizer que estamos perdidos.
Então, William Shakespeare em sua fase romantica, só para lembrar, é um grande mal que durante muitos séculos vem nos criando expectativas sobre o amor não tão realistas.
Esses filmes mostram o tanto que a realidade é tão dura em termos de amor verdadeiro, [leia Coríntios 1, 13], o tanto que é algo dificil de se encontrar. Sonhar não faz mal também.
Mas há comédias romanticas [seriados/filmes]que mostram a dificuldade que é achar alguém certo e pra vida toda, e o melhor exemplo que tenho é o filme e o seriado "Sex and the city" [prinicipalmente o seriado], que mostra a visão de um dos lados mas dá pra perceber como é a realidade mesmo sendo em Nova York, mas há como identificar em qualquer parte do mundo e fazer críticas sobre a realidade atual.

Sobre "Se eu fosse você 2", mostra assim como o 1º filme o que seria de um homem no corpo de uma mulher e vice-versa e a gravidez na adolescência. O primeiro tema pode ser um tema pra trazer risos ao telespectador mas por um lado mostra que ambos os sexos podem acabar se conhecendo e ver a diferenças de ser homem e de ser mulher, é um tema interessante, que pode ser pura ficção mas que retoma um pouco da guerra dos sexos. Isso acontece desde que o ser humano existe, por isso pode-se chamar esse filme de limitado?
Já o segundo tema é algo real que acontece diariamente: a gravidez precoce. Isso mostra a realidade atual, pode não ter sido retratado como foi em "Juno", mas é algo real que eles quiseram levar para um lado mais comico apesar de ser um tema bastante real. Ainda mais se tratando na realidade brasileira.

Os atores são alguns dos melhores atores que existem nesse país, apesar de serem de novelas. Mas são as novelas e o teatro que aparecem muitos atores excelentes.

O país está precisando mesmo de mais visibilidade nesse meio. Filmes assim tem papel importante apesar de seus inumeros cliches. Ainda mais que é dificil um filme brasleiro com um grande elenco como esse ter várias continuações como vai ter. Como disse antes... é um mal necessário.

Anônimo disse...

1 Coríntios 13

Lisandro Nogueira disse...

Olá Anônimo, você tem razão. Eu já disse: acho importante esse filme para a economia do cinema brasileiro. Mas esteticamente é um filme limitadíssimo. Aqui, no blog, priorizamos esse juízo estético. Porém, não descartamos os fenômenos culturais. Se esse filme é uma grande bilheteria, merece nossa atenção. Discordo totalmente quando dizem q. é um grande filme. Não é. Vamos continuar a conversa.

Anônimo disse...

Esse filme é mesmo um fenômeno de bilheteria que está até hoje em cartaz e estamos em abril (para um filme nacional que estreiou em janeiro está até muito tempo em cartaz). Pode não ser um grande filme mas é um fenômeno para a bilheteria brasileira.

Anônimo disse...

chato!!!!!!!!!!indique filmes !!!!!!!

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