domingo, 8 de fevereiro de 2009

Tarde de sol: cinema e os amigos.

Uma conversa amena: cinema no shopping com os amigos.


Lisandro Nogueira

Fui ontem no Shopping Bougainville (foto: flores de bougainville). O lugar é cada vez mais o espaço para o encontro de uma certa "elite" (antigamente o termo "elite" jamais seria enunciado por um professor universitário para designar a própria turma). Uma "elite" boa, do bem, que gosta de cinema, café, bater papo e olhar o movimento. Lá tem vinho também. e a terrível cerveja. Esqueci de dizer: "elite" que está envelhecendo e tornando-se cada vez mais engraçada e amável. É uma "elite" que não gosta da Elite: gosta de rir de si mesma e contar das vantagens em ver inúmeras vezes o mesmo filme. Tenho amigos que já apreciaram mais de 20 vezes o mesmo filme de John Ford (No tempo das diligências).

Mas fiquei entusiasmado com o entusiasmo dos amigos e conhecidos: o cinema é o programa preferido. Antes e depois da sessão: um café (ou uma cerveja) e uma boa conversa. Fico muito feliz quando observo os amigos interessados nos filmes e nas histórias. É uma observação singela. Sempre renovada e apreciada por mim...

Francisco Pierre, meu amigo constante nas idas ao Bougainville, não gosta muito de cinema americano. Mas ele tem razão em um ponto: o cinema atual perdeu um pouco da sensibilidade que existe nos filmes de Antonionni, Visconti e tutti quanti. Realmente os anos 60 foram especiais e marcaram as pessoas que se formaram naquela época. Revi Uma mulher é uma mulher de Jean-Luc Godard. Vi mais uma vez o importantíssimo O conformista, de Bertolucci. Gosto do escritor Alberto Moravia. O cinema italiano é muito especial e pouco visto.

Tomei dois cafés com Maria José Soares e vimos Ninho Vazio (vi pela segunda vez).Zezé tem uma sensibilidade especial e, apesar da conversa rápida, ele demonstrou mais uma vez a importância da formação: é uma cinéfila de primeira. Estou escrevendo um pequeno texto para o blog sobre esse filme. O cinema brasileiro deveria seguir o exemplo e filmar temas universais e os dilemas da classe média . Os argentinos têm uma formação cultural sólida. Melhor que a brasileira. Talvez isso explique o vigor do conteúdo do cinema feito naquele país complicado.

Esse post foi só para falar da alegria em rever os amigos no sábado de sol - estou ouvindo Henri Salvador e seu formidável Chambre avec vue. Toda vez que ouço Salvador lembro de bons momentos. Ele canta com uma suavidade ímpar. É quase uma meditação. Há duas semanas, Daniel Cristino, Pierre e eu passamos um dia inteiro ouvindo esse disco.

Ele me faz lembrar da importância das conversas entre aqueles que gostam do mundo. Fiquei impressionado, mais uma vez, com o interesse pelo bom cinema (a qualificação do olhar) nas tardes de sábado. Dificilmente vejo filmes no sábado e domingo. Crítico geralmente vê filme antes da estréia. Geralmente sozinho. Essa necessidade profissional é boa e ruim. Vejo filmes às segundas, terças e sextas-feiras.

Verei ainda hoje ainda os DVDs de Cidade baixa (o excelente filme de Sérgio Machado com Lázaro Ramos e Wagner Moura) e O céu que nos protege, de Bernardo Bertolucci - gosto demais desse filme. Luísa, minha filha, vê todas as séries e gosta demais de Supernatural.

Vejo os dois filmes e me preparo para ver a vitória do Vila Nova sobre o Goiás (17h). Afinal, crítico de cinema no Brasil gosta de filmes, livros e um time de futebol.

37 Comentários

Lauro António disse...

Amigo distante que gosta de filmes sauda-te!

Lisandro Nogueira disse...

Olá Lauro: lembrei de você e seus comentários. Você viu "Ninho Vazio" do argentino Daniel Burman?

Lisandro Nogueira disse...

Um convite: apostei com dois amigos que o Vila vence o Goiás. Se eu ganhar (eu acredito!!) vou dividir com os amigos, simpatizantes da "causa colorada", dois litros de vinho bom.

Anônimo disse...

Infelizmente os membros da elite intelectual são estudantes ou professores dos cursos de humanas; jornalismo, direito. Os poucos membros desta elite que estudam outros cursos, como por exemplo ciência da computação, ficam excluídos, tanto no curso quanto na elite intelectual.

Lisandro Nogueira disse...

Olá Mauro: esse termo "elite" é realmente objeto de controvérsias. Existem teorias e teorias. A elite mencionada é composta de profesores que gostam de cinema. (No Bougainville você encontra professores bem sintonizados com o cinema e a cultura em geral). Desde 2001, quando era extremamente precário, o espaço do shopping vem sendo "ocupado" por essa elite que gosta de cultura. Pode até ser um espaço de "resistência" para quem gosta de cinema - qualquer cinema!! Caro Mauro, venha para esse espaço e vamos continuar a conversa aqui no blog.

Lauro António disse...

Meu caro Lisandro, filme argentino passa um de cinco em cinco anos em Portugal. Brasileiro tem mais sorte: é um por ano. Se nao fosse viajar até ao Brasil e trazer comigo carradas de DVD, nem sabia o que por essas bandas se faz. Abraço.

Anônimo disse...

No domingo que choveu e fez Sol o Goiás arrasau o Vila Nova, assim foi a cara deste dia, em que muitas pessoas sofreram com este time, que já não faz alegria de muitas ou quase nenhuma!
Assistir filmes e tomar café trazem muitas recordações, agora não tem nada melhor que esquecer o Vila Nova!

Boa semana a todos!

Anônimo disse...

Ganso, uma dúvida: você joga truco? Imagine que você tem um zap no pé, estamos na terceira, a pessoa truca em você. O que você grita na orelha dele?

Mesmo distante, aprecio o prazer de ver a escumalha apanhar como bode na horta, e apesar do calor, segui o seu conselho e abri um Casal Garcia, vinho modesto, mas bom. E VERDE!

Abração!

Anônimo disse...

Ah, Lisandro! 6 a 1 foi muito feio, que isso!

Uma pena para os simpatizantes da "causa colorada", mas os dois litros de vinho vão ter que esperar!

E viva o Atlético, que é o maior rival do Goiás nesse campeonato! rs rs

PS = Que bom que esteves com Godard, "Uma mulher é uma mulher". Grande filme. Escrevi sobre ele e Mulvey.

Anônimo disse...

Que seja! São essas tragédias do Vila que dão profundidade à alma. Lisandro, depois dos trabalhos desta semana vamos tomar um vinho por minha conta. Em homenagem à tragédia - cinematográfica, literária e futebolística.

Anônimo disse...

Professor Lisandro,

Estou solidario com sua causa...

Luiz Alfredo disse...

Lisandro, meus sentimentos.

Nosso amigo Belém também deve estar muito derrubado!

Mas é assim mesmo: futebol tem disso.

O saco é aguentar as provocações. Mas sem elas, não teria graça, não é verdade?

Boa semana a todos

Anônimo disse...

"Esqueci de dizer: 'elite' que está envelhecendo e tornando-se cada vez mais engraçada e amável.'

Ok, mais engraçada que amável. Cada tipo que aparece... Abafa, professor. [risos abafados]

Lisandro Nogueira disse...

Olá Thiago, seria melhor então "velhos em estado de riso". Amáveis vendo cinema e tomando café: pode ser assim? (rs,rs)

Lisandro Nogueira disse...

Olá Luiz Alfredo: tudo passa!! foi apenas um acidente. Da próxima o Vila ganha e recupera. Eles estão há 27 anos na série A e não ganham nada. Não ganham nem o campeonato goiano. Foi apenas um acidente. Já estou recuperado do susto de ontem. Hoje, porém, é vida nova e vamos ganhar a próxima.

Lisandro Nogueira disse...

Olá Lauro Antonio, nosso crítico de Portugal: os filmes argentinos são cada vez mais vistos no Brasil. Elas fazem filmes sensíveis, instigantes e bem realizados. Esse "Ninho vazio" é muito bom.

Anônimo disse...

Prezado professor Lisandro, o senhor deveria qualificar seu olhar em relação ao futebol. Seu olhar é domesticado pela Vila Nova. Abra seus olhos para o verde da vida e do tal cinema. (Luiz Humberto de Araujo)

Anônimo disse...

Boa Noite Lisandro, você fala de cinema na Tv Anhanguera e gosta de provocar o Goiás. O comentarista de cinema agora teve a lição merecida. O Vila Nova pode ser chamdo de "Onde os fracos não tem vez" ou "Eu morri!! [uma chanchada do Oscarito).
Vá para o cinema Lisandro. Esqueça o futebol. (Antonio Eustáquio, seu amigo do setor universitário)

Anônimo disse...

Caro Lisandro, aqui é o irmão do Antonio: você sempre foi vibrante com o Vila Nova. Mas sua vibração é quase nada. Sempre te chamamos para torcer pelo Goiás. EStá ficando velho e não aprende. O Geraldo Pessoa, seu amigo, é Goiás. Vamos dar outra lambada em Março. (Edgar Eustáquio)

Anônimo disse...

Caro Lisandro,

desculpe escrever nessa situação, mas como esmeraldino eu não poderia deixar de vir humilhá-lo nesta segunda-feira pós 6x1. Sapecamos uma goleada histórica em cima do seu minúsculo e insignificante vila nova, deixando ainda mais notória a nossa superioridade sobre vocês. Somos melhores que vocês colorados em tudo. Neste domingo, a alma rosa que você tanto exalta, sucumbiu diante da alma vencedora e guerreira do MAIOR clube de futebol deste estado, o inigualável GOIÁS E.C, mais conhecido como poderoso VERDÃO DA SERRA. O melhor foi ver a torcida vileira, mais conhecida por cachorrada, deixando o estádio humilhada aos 10 minutos do segundo tempo.

Colocamos vocês aonde vocês merecem estar: NO LIXO.

Resta a você e aos seus amigos sofredores chorar e engolir a seco a inferioridade do seu time diante do maior rival.


Um grande abraço e até sexta-feira. Quero vê-lo chorar diante das câmeras e pedir desculpa para o Anderson por afrontá-lo.. Meus pêsames. Sabe o que eu acho da péssima fase do seu vilinha? EU ACHO É POUCO!
AHAHAHAHAHAHHAHAHAHA
1,2,3 o vilinha é freguês! OLÉEEE OLÉEEEEEEEE OLÉEEEEEEEEEEE
123456
Um abraço,
Mauro Duarte.

João A Fantini disse...

Das vitorias se levam os louros. Cantar vitoria se deve, da batalha bem lutada. Espezinhar o inimigo batido, é indigno.
Ao Vila resta andar como os ingleses na chuva, impassiveis aos acasos da sorte.


.

Anônimo disse...

os torcedores do Goiás ficam falando tanto, não consegue ganhar nada! ganha 1 vez do Vila e ficam se achando, eu aposto que não vão ser campeões do campeonato goiano! então não aadianta aproveitar de um pequeno deslise do Vila se essa vitória não vai render frutos algum!
Espero que vocês torcedores do Goiás vejam como que vocês vão ficar depois de 4 feira! o Vila vai ganhar! assim espero

Anônimo disse...

Mestre Lisandro,
As derrotas tonificam as vitórias. Sem aquelas, estas não seriam tão excitantes quando as gozamos.
Parabéns pela confraria "cinema, café e vinho". E também por este texto repassado de sabedoria e ternura humanas. Textos assim, segundo penso, dão sabor e sentido aos melhores blogs.
Com o abraço vilanovense do
Herondes

Anônimo disse...

Caros Fantini e Herondes: obrigado pelas palavras amáveis. Penso o futebol está ligado diretamente as identidades: gosto do Vila Nova por causa da infância: arquivo da memória. É uma filiação passional interessante, divertida e edifica ensinamentos. Perder é duro, difícil. Mas existe o "amanhã", cheio de expectativas. Um amigo me disse: na derrota somos consolados; e nas vitórias celebramos. Isso é a vida!! Um abraço para Herondes e Fantini: amigos de longa data.(lisandro)

Anônimo disse...

Caro Lisandro,
Não se incomode com isso. O meu time (DRAGÃO) havia saído do mapa e agora parece estar semivivo. Aí que reside a unicidade do futebol arte. Ainda mais, contente-se com o fato de que o Goiás não convenceu; faltou algo! O Hélio dos anjos diz que faltou GOLLLL... Nem só de gols vive um clube. Reacenda a polêmica com aquele primor de texto do Lisandro Nogueira que trata do tema e expõe a ausência de alma no periquito goiano.

Marcio Belem

Anônimo disse...

Prezados blogueiros,
Lisandro gosta mesmo do Vila Nova. O time não contribui apesar de ter melhorado muito nos últimos tempos. Quase subiu para a série A no ano passado. Mas ninguém comentou uma coisa: foi uma das primeiras vezes que Lisandro fez um texto leve e singelo. Herondes observou isso. Lisandro deveria dar um tempo para o Vila Nova. E deveria postar mais textos como esse: humano, sem ar de professor e falando das coisas do cotidiano. (Pedro Vinitz)

Anônimo disse...

Pedro,

concordo inteiramente com você, e, para começar, proporia ao Lisandro que escrevesse um texto parabenizando o Goiás (para, aí sim, mudar de assunto). Poderia até, ao final, dizer "aguardem até o ano que vem, ou o semestre que vem. Vamos superá-los". Mas teria de ser um sincero reconhecimento da vitória adversária. Acho que esse seria o primeiro passo para construir um Vila Nova grande. É verdade, o time tem melhorado, basta ver essa quase ascensão para a Série A, em 2008. Mas existe um astral negativo que segura o time para baixo, como uma âncora, um freio de mão puxado, que é esse costume, tão bem ilustrado no discurso do Lisandro, de a torcida vila-novense fazer bravatas, hostilizar a torcida adversária (com sobras até para times que não têm nada a ver com as rivalidades goianas, como o São Paulo). É preciso mudar isso: torcida tem que se preocupar mais em erguer seu time do que em pisar, rebaixar os outros, mesmo que seja o arqui-inimigo. Tudo bem, a torcida do Goiás é barra. Eu, que sou de fora, já testemunhei atitudes de provocação tão agressivas quanto as do Lisandro por parte dos torcedores "esmeraldinos", tremendas baixarias. Por isso mesmo, o torcedor do Vila Nova, se quiser se erguer e assumir um lugar mais brilhante no cenário nacional, tem de romper esse círculo vicioso, essa roda-viva de agressividade cujo único fim é justificar, pela frustração, o caráter (que deixa marcas profundas no espírito) derrotista, eternamente sofredor. O São Paulo ficou 13 anos na fila, enquanto isso, construiu o Morumbi...

Lisandro Nogueira disse...

Caro José Teixeira,
é isso mesmo!! Vamos em frente sem vitimismo ou derrotismo. Quem ganha de 6 a 1 está vivendo um melhor momento. O problema do Vila Nova é interno e bastante antigo. Não poderíamos ter reformulado o time quase que totalmente. Agora é bola para frente. Obrigado pelas palavras,
Lisandro

Anônimo disse...

Interessante o que o Pedro falou, pois assim que soube que o Goiás fechara o primeiro Set em 6 x 1, vim pra cá exercer o sacro santo direito da tiração de sarro. Mas diante desse texto, estava sem coragem pra enfiar um "off-topic" de tal jaez.

Até que cheguei ao final, onde ele praticamente me autorizou!

Anônimo disse...

Lendo esse comentário do Randall, fiquei em dúvida se ele respondia apenas ao texto inicial, do blog, escrito por Lisandro, ou se tinha em mente todos os 28 comentários anteriores. Caso a segunda alternativa seja a verdadeira, sugiro a ele (e a todos os torcedores do Vila Nova ou do Goiás que ainda respirem o velho ar da provocação, revanche, despeito, bravata, humilhação, espezinhamento) que veja o filme "Abril despedaçado", de Walter Salles.

Anônimo disse...

"Interessante isso o que o Pedro falou", foi o que eu disse ao iniciar o comentário. Ainda em dúvida? Ainda preciso assistir ao filme do mauricinho lírico?

Anônimo disse...

O Lisandro voltou a dormir bem e recuperar a alimentação normal(rs,rs): o Vila Nova ganhou ontem do último colocado, a Jataiense. O time voltou a respirar. E meu tio voltou do fundo do poço!! Para a alegria de todos nós. (Pedro Vinitz)

Anônimo disse...

Oi, Lisandro. Obrigado por visitar nossa escola ontem. Espero que apareça sempre que você puder para dar-nos as boas novas. Apreciamos todos o seu trabalho. Abraço e bons filmes!

Prof. Thiago Ferreira
Houston Idiomas

Anônimo disse...

Não me espanta que seja comentarista de cinema do Jornal Anhanguera.
Em toda minha vida, nunca escutei tanta bobeira vinda de uma so pessoa. Muda de ramo pois o cinema não lhe cabe meu caro, ou tente se especializar no assunto.
Com toda honestidade!

Anônimo disse...

Boa tarde professor Lisandro,

Acabei de assistir ao seu comentario a respeito do filme que estreiou ontem a noite "Amanhecer". Gostaria de humildemente corrigir algumas informações passadas que estao incoerentes.
Neste filme, o lobizomem não tenta em momento algum separar o casal da trama, e no fim é um deles o responsavel pelo desfexo feliz.
O casamento foi realizado na cidade de Forks, onde toda a trama se passa, e a LUA DE MEL é no Rio de Janeiro.
O fato mais curioso é que em todos os jornais que vincularam a noticia da estreia o publico mais velho estava bem representado. Estive ontem na pre estreia no Shopping Flamboyant, e a minha expectativa era de encontrar apenas adolescentes, e também me surpreendi.
O romance "agua com açucar" conseguiu finalmente ganhar um publico formador de opiniao. "Amanhecer foi a filme da serie que mais foi fiel ao livro e foi cosiderado o melhor de toda a saga" - como afirmado no G1.
No mais, espero que todos que assistiram a reportagem se sintam representados e agradecemos a sua atenção e tentativa de compreender a trama "adolescente".
Muito obrigada.
Ana Carolina, 22 anos - Arquiteta & Urbanista.

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