quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Entrevista com Tarantino




ENTREVISTA COM TARANTINO*


O diretor de "Cães de Aluguel", "Pulp Fiction" (Palma de Ouro em Cannes) e "Kill Bill" falou um pouco de sua carreira e comentou algumas das cenas de seus filmes. Tarantino eh o que se pode chamar de grande falastrão - começa a contar uma coisa, quase não respira, nunca faz pausas e só termina o assunto dez minutos depois, sem que ninguém consiga interrompê-lo. A seguir, algumas declarações - e ensinamentos - do mais pop dos cineastas:


"A RECEPÇÃO DO PÚBLICO"


Antes de dirigir meu primeiro longa, quando participava das oficinas de roteiro do Festival de Sundance, gente importante como Monte Hellman (roteirista) e Stephen Golblatt (fotógrafo) odiavam as minhas idéias, cenas com planos longos. Diziam: 'essa cena é horrível, e o mais horrível é que você vai mesmo produzi-la'. Eu saia para dar uma volta, refletia, mas continuava gostando da idéia.
No dia seguinte, eu apresentava a mesma cena para cineastas como Terry Gilliam, que adorava o que eu tinha escrito, ou Volker Schlondorff, que me chamava de gênio. "Desde então, entendi que as pessoas iriam amar ou odiar meus filmes, e era melhor me acostumar com isso.


"CÃES DE ALUGUEL"


Durante as filmagens de 'Cães de Aluguel', eu morria de medo de ser demitido pelos produtores. Primeiro, porque era tudo simplesmente muito bom para ser verdade. E segundo, porque nada tinha dado certo até então na minha carreira.



"PULP FICTION"


A cena em que Jules (Samuel Jackson) e Vincent (John Travolta) chegam à casa dos rapazes para ameaçá-los, e Jules comeca uma conversa bizarra sobre hambúrgueres, reúne três das coisas que eu mais gosto de fazer no cinema:

1) um ou mais personagens que dominam a situação dos outros em cena;
2) uma tensão entre os personagens que aumenta até explodir;

3) o trabalho de tornar engraçado algo que em geral não é. Se o espectador ri de alguma coisa muito estranha que eu encenei, ele se torna meu cúmplice.


"KILL BILL"


Sempre brinquei que esse é o filme que os personagens de meus outros filmes adorariam ver no cinema. Antes, eu tinha dirigido algumas cenas de ação, mas nunca um filme de ação completo, do começo ao fim.


"TRILHA SONORA"

Não consigo entender a idéia de terminar um filme, pagar alguém para vê-lo e criar uma trilha que não é sua. Penso a musica antes de tudo, às vezes uma música me dá a idéia de como construir seqüências inteiras. A vantagem do meu método é que trabalho com trilhas já prontas dos maiores compositores do mundo - Ennio Morricone, Lalo Schiffrin, John Barry - e não tenho nem que lidar com eles.



"AS INFLUÊNCIAS"


Gosto de muita coisa no cinema americano: Scorsese, Howard Hawks, Samuel Fuller, Robert Aldrich, Sam Peckinpah, George Romero. E uma série de italianos: Sergio Leone em primeiro lugar, e também Mario Bava, Dario Argento.
Mas se há alguém que realmente me influenciou, que eu considerava um rock star do cinema, esse alguém era Brian De Palma. Até hoje me sinto inspirado por seus filmes. 'Pecados de Guerra' tem uma cena sublime de violência em que a ternura toma conta sem nos apercebermos. Tento seguir esses exemplos.


"A VIDA ANTES DE DIRIGIR FILMES"


É importante dizer que eu sempre fui cinéfilo, mesmo antes de trabalhar em locadora; contrataram-me justamente porque eu era um expert. Não descobri o cinema somente ao entrar na loja.



"DICAS PARA SER UM DIRETOR"

Faca o curso que quiser, leia os livros que quiser, veja os filmes que quiser. Mas não conheço exercício melhor para se tornar um cineasta do que arrumar um equipamento e tentar fazer um filme por conta própria.""Nunca entendi para que serve um curso de direção ou roteiro. Se você quer ser cineasta, recomendo um bom curso de interpretação. Nos exercícios em grupo, fique responsável pela cena, comece a agir como um diretor. É pelo ponto de vista do ator que a gente constrói o nosso cinema." 


* entrevista coletiva no Festival de Cannes-2009

30 Comentários

Pedro e Patricia disse...

Pessoal, Tarantino é o meu diretor preferido no momento. Ele é inteligente e domina todo o cinema na hora de dirigir.

Expedito Gomes (dos Correios) disse...

Tarantino tem cara de louco.

Anônimo disse...

Lisandro,
Obrigada por postar essa entrevista. É ótimo conhecer os diretores assim!

Achei legal qdo Tarantino disse que é sob o ponto de vista do ator que constrói o cinema. Sempre achei isso, mas não sabia como falar, ele verbalizou mto bem uma ideia q estava vagando na minha mente. Os atores são a cara do filme, o que vem primeiro, o que a gente vê primeiro, importante ele valorizar isso, achei até humilde (sem exagero!)
Pô, o cara é pop msm, é cinéfilo, doidão, jovem!
Acho massa ele pensar na trilha, isso é querer cuidar do filme. Tá certinho!
Os diálogos de Pulp Fiction são de pirar, da vontade de decorar para impressionar roda de amigo(Rs...). E de Bastardos, então? Putz!
Achei uma pena Tarantino nao ter ganhado nenhum Globo de Ouro, nenhuma Palma com Bastardos, mas para compensar o Christoph Waltz(capitão exterminador de judeus) tá ganhando tudo!


Abraço carinhoso, da distância da terra até a lua, ida e volta!
Polly

Unknown disse...

Quentin Tarantino é muito bom mesmo!

Gosto de todos os filmes dele, os que eu assisti é claro. A trilha sonora que ele usa sempre me chamou muita atenção.
Em toda sua composição fílmica ele é ousado, inteligente, perspicaz, e extremamente sensível, pois ele tem um jeito único de lidar com a violência em seus filmes.

Cara de louco, como disse o colega aí em cima, ele pode até ter, mas isso não desmerece todo o seu talento e jogo de cintura que ele tem com a mídia, o que me admira muito, porque ele diante dos meios de comunicação, em eventos de cinema, sempre quer se expressar e consegue fazer isso com muita maestria, um humor peculiar, um estilo de se vestir excepcional, um discurso sem soberba e entendível. Fato que não ocorre com outras estrelas do mundo cinematográfico, que são como ele, ou seja, trabalham nos bastidores.

Apreciei muito o que ele disse sobre o trabalho de se tornar engraçado algo que geralmente não é. Se o espectador ri de alguma coisa muito estranha que eu encenei, ele se torna meu cúmplice. Essa busca de cumplicidade que ele executa é magnífica e bastante envolvente. Prende realmente o espectador do começo ao final do filme, entretanto, não porque ele usa cenas de violência e por vezes pessoas bonitas em seus filmes, e sim porque ele tem uma técnica só dele, um forma “Tarantina” de ser. Ver um filme dele é ficar numa angustia prazerosa (é, isso é possível com ele) e um expectativa extasiante o tempo todo, mas não a maneira hollywoodiana, e sim a La Tarantino.

Sei que usei muitos adjetivos, mas neste caso todos cabem nesse ator, diretor e roterista.

Abraços...

Tatiana

Unknown disse...

Lisandro,

Saudades das aulas...

Lisandro Nogueira disse...

Olá Polly,

Que distância é essa? Você pediu: nesse semestre, 18h, vou ministrar um Núcleo Livre, de crítica de cinema, na Faculdade de Odontologia. Às terças-feiras.

Tarantino tb. é um dos meus preferidos.

Lisandro disse...

Olá Tatiana,

que bom receber um comentário seu. são sempre carinhosos e comentando com seu estilo.

tb. estou com saudades das aulas.

Anônimo disse...

Lisandro,
o abraço é do "tamanho" (esqueci de colocar essa palavra) da distância da terra até a lua, ida e volta!
Uuhuhu...enorme esse abraço, rs.
Vou fazer esse núcleo livre, perfeito!

Alfredo - Anápolis disse...

Prezados deste blog,

Eu acho o cinema de Tarantino quase fascista. Ele passa uma idéia de doidão.Tenho certeza que a máscara dele vai cair. O cinema dele é hipócrita. Fico pasmo de ver pessoas sérias, professores e universitários, gostando de "nazista" mascarado de grande cineasta. Cuidado com os filmes dele. Observem como ele é contra a democracia e os bons propósitos e ideários do mundo ocidental.

Elaine disse...

Gente! nào vou polemizar com esse rapaz de Anápolis, alfredo. É protestante e náo sabe ver o cinema como arte. Palavras ao vento náo resolvem nenhuma questão.

Elaine disse...

Gente! Esse Alfredo já discutiu aqui no blog e trouxe os preconceitos dos protestantes contra a arte do cinema

Caroline Pires disse...

Elaine,
sou protestante... e amo cinema, inclusive o professor Lisandro me orientou no TCC.
Aprendi muito na faculdade e continuo interessada em cinema não comercial.

Extremismos e afirmações que rotulam e definem pessoas em uma palavra nunca são boas.
Não conheço esse Alfredo e nem estou aqui para sair na defesa dele, falo por mim:

Sou protestante e sei ver o cinema como arte sim... e não entendo porque vc acha que uma coisa exclui a outra.

Obrigada.

Riccardo Joss disse...

Todo tipo de preconceito nos comentários, hein? Quanto a chamar Tarantino de nazista é desconhecer o nazismo ou desconhecer o cinema de Tarantino. Vai aqui meu preconceito: só podia ser de Anápolis.

Alfredo, cidadão anapolino disse...

Senhor Riccardo,

Trabalhamos na recuperação de jovens usuários de drogas. De todas as classes sociais. Os mais abastados, são influenciados pelo cinema. Esse Tarantino é responsável por influenciá-los pessimamente. Nós fizemos uma exibição educativa do filme "Ficção barata" do Q. Tarantino. Mostramos para os jovens a negatividade e a influência totalitária no roteiro. O senhor é preconceituoso, assim como a senhora Elaine. Realizamos um trabalho sério e detectamos a influência (inclusive a má) do cinema na vida dos jovens. Quanto ao senhor falar mal de Anapólis, isso é puro preconceito da sua parte.
Agradeço a oportunidade de manifestar meu pensamento no blog do professor Lisandro, de quem discordamos em vários momentos, mas que é aberto e nos ouve com interesse.

Pedro e Patricia disse...

Pessoal,

O tom está "carregado". Vamos debater. Falei por telefone com Lisandro. Onde ele está não tem computador. Ele sugere uma conversa, troca, diálogos mais amenos. O blog nunca retirou um comentário, não têm filtros. Mas pedimos moderação.
ps: eu e Patricia, depois do almoço, vamos ver um DVD do Tarantino, debaixo das cobertas, sem medo da culpa e do desejo.

Elaine Camargo - religião: agnóstica. disse...

Carolina, me responda, por favor: qual igreja protestante que passaria em suas sessões de educação religiosa um filme de Tarantino? Não na sua religião. Os protestantes são preconceituosos com a arte, principalmente o cinema. Você pode até não ser, mas sua igreja deve ser. Eu não vou responeder ao Alfredo de Anápolis. Motivo? Vou ver um filme do Tarantino.

Caroline Pires disse...

Elaine e amigos do blog,

"religião/igreja protestante" é um rótulo que simplifica uma coisa muito maior para mim que é a fé que tenho no meu Deus. Eu não vou responder o que minha igreja diria porque não tenho autoridade para falar em nome dela. Eu sei usar a minha fé de uma forma inteligente e não extremista. Assim, falo por mim.

Eu sei muito bem o que dizem alguns cineastas em seus filmes. Por exemplo, Lars von Trier, Woody Allen e Tarantino... eu os conheço. Posso discordar deles mas isso não me faz repudiar radicalmente seus filmes.

Direito deles levantarem a bandeira que quiserem... isso torna o cinema rico, seja ele de arte ou comercial. Eu posso discordar totalmente deles mas isso não me impede de ter uma boa leitura dos filmes e nem de considerá-los grandes cineastas.

Entra aí a questão da velha necessidade do respeito as diferenças da frase tão conhecida de Voltaire... eu posso não concordar com nada do que você diz, ou que todos esses cineastas dizem, mas vou compreender, analisar e até mesmo admirar os filmes assim mesmo, sem tentar forçar uma mudança mim ou em ninguém. Aliás, a própria bíblia diz que é impossível mudar as pessoas por palavras....

Eu tenho minhas convicções religiosas, a fé em meu Deus e tenho também meu interesse pelo cinema. Tudo junto em uma só pessoa. O que a "religião" protestante diz ou o que "os protestantes" de maneira geral acham... bom... não posso responder por eles, só posso responder por mim, e eu tenho certeza da minha fé e isso me basta e me supre... assistir Tarantino não muda nada em mim. Pode ser que mude para outra pessoa, mas não para mim.

PS.: Preconceitos existem em todo o lugar e vira e mexe escapam seja por um protestante, católico, ateu ou agnóstico.

PS 2: Repito: Extremismos que definem pessoas/instituições/cineastas em uma palavra nunca são bons e acho que nisso todos concordamos.

Fabrício C. Santos disse...

Primeira vez que vejo alguém se referor a "Pulp Fiction" com a tradução de "Ficção Barata". Daqui do meu cantinho, achando muito engraçado isso tudo.

@fabridoss

Lisandro Nogueira disse...

Caroline,
Seu texto é absoluto, correto e belo. Desmonta os preconceitos e nos dá uma boa luz para entender a relação do cinema com as religiões. Devemos praticar o diálogo. O blog jamais filtrou qualquer comentário. Vamos continuar com essa postura.
Taratino é um cineasta importante, trabalha com temas atuais e é um grande diretor.
Vamos continuar nossos debates com tranquilidade e afeto.

Lisandro Nogueira

Alfredo, cidadão anapolino disse...

Professor Lisandro,

suas ponderações são suficientes. Em acordo, em parte, com a Carolina. Entretanto, ela fala dela. Uma religião séria não vai abonar filmes agnósticos como os de Tarantino.

Não vamos alongar a conversa. Repito: Tarantino não é um cineasta confiável. E ponto.

Obrigado,

Alfredo.

Célia disse...

É muito triste ver neste blog vcs provando por A mais B porque é que as guerras não têm fim Muito, muito triste. Isto sim deve nos levar às lágrimas e sentimentos de pesar profundos e que Deus tenha piedade da ignorância humana é só o que eu espero. Chateou muito tb a falta de consideração ao blogueiro e seus leitores que, a estas alturas tb devem estar impressionados com o nível de agressividade que este assunto suscitou. É...sinal dos tempos e com certeza "maus sinais" porque maus tempos já são faz tempo, "literalmente".

Elaine Camargo - religião: agnóstica. disse...

Célia,
O problema é misturar religião com arte. Nunca dá certo. Os protestantes querem mandar e dizer o que é certou ou errado. Condenam um cineasta totalitáriamente. Acho que não tem nada a ver com guerra, como você falou. Da minha parte, continuo achando que protestante tá de um lado, e a arte, o cinema inclusive, está de outro.

Rafael Castanheira Parrode disse...

Lisandro, dê mais detalhes sobre essa oficina de crítica que vc vai dar!!!
abço

Elaine Camargo disse...

Carolina, esqueci de dizer que sua resposta é muito positiva e corajosa. Só faltou responder uma pergunta: sua igreja, que eu não sei qual é, passaria um filme do Tarantino?

Caroline Pires disse...

Elaine,
É questão de prioridade, da mesma forma que diretores priorizam levar para as telas suas concepções de mundo, minha igreja tem como prioridade levar Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Uma missão que admiro muito, afinal, essa é a minha fé e eu não me envergonho dela.

Sinceramente eu não sei a resposta para sua pergunta, mas se isso algum dia acontecer com certeza estarei lá para colaborar com os debates.

Obrigada ao prof. Lisandro e a todos. Esse é um tema delicado mas que precisa ser discutido.

Maria Euci disse...

Amigos do blog. Eu gosto da posição da Carolina. É determinada e sabe o que dizer da sua fé. Eu sou católica e se exibirem um filme do Tarantino na Igreja eu não vou gostar. Se for do lado de fora, no centro paroquial, eu vou gostar e se tiver debate, estarei presente.Obs. ainda não sei até hoje postar direito. N]ão sei se minha conta é do gogloe. Sei que é CEF.

Anônimo disse...

ô Alfredo,
explica ai quais são "os bons propósitos e ideários do mundo ocidental" e onde é que o Tarantino está causando problemas...
Wolf

Helen Fernanda disse...

O título está escrito errado. Pode apagar este comentário depois de ler e corrigir.

Até mais!

Rodrigo disse...

Também sou protestante firme e forte, e gosto muito dos filmes de Tarantino. Sou um cinéfilo apaixonado e sei admirar cinema de qualidade melhor do que muita gente, seja de que religião ou credo for. Do mesmo modo detesto esses rótulos que paracem insistir em reduzir todos os fieis à pessoas iguais que cometem os mesmos erros. Isso é absurdo. As pessoas são diferentes, oras. É simples de entender.
Eu nunca me incomodei com os filmes de Tarantino, pois sei que ele não é nada inconsequente. É só analisar bem seus filmes.
O cineasta tira o espectador da poltrona confortpavel e o coloca no meio da ação, como cumplice, e isso é algo bem interessante e útil - algo que Kubrick fazia muito bem em filmes até muito mais discursivos, por assim dizer. Há algo de critica sobre a posição do espectador nos filmes. Em seus filmes não dá pra ficar indiferente: o produto atrai e diverte, mas a violencia continua incomodando, como deve ser, E não vejo nenhuma má intenção em seus filmes. Más intenções na verdade existem e muito é em filme inconsequentes como os de Michael Bay, em que a violência é mostrada como se fosse mero passatempo e divertimento, e até em alguns desenhos animados, onde o ato violento é mostrado como algo engraçado, pura e simplesmente - onde os espectador continua confortável frente a algo que devia incomodá-lo.
Tarantino já faz o contrário, ao meu ver. Ele cria uma abordagem bem produzida, filmes divertidos, mas sempre mantendo a violência crua e feia como é (até mesmo em 'Kill Bill'). No andar da carruagem ele também nos coloca do lado de lá e nos pergunta: "Veja. O que acha disso?".
Gosto da abordagem de Tarantino. Ele não fecha os olhos para a realidade e para o feio, e os mostra pra quem quiser ver e julgar, e chama o espectador. Além do mais é um baita cineasta que entende muito bem do ramo.
Influência negativa está muito mais no mal desenvolvimento e estruturas familiar e social do que em algum filme - obviamente. E qualquer filme banal e pseudo-inofensivo de ação ou até de romance, dos que levam a garotada pro cinema, é muito mais prejudicial que qualquer outro produto do meio.
Quanto à violência, tema quase central, Stanley Kubrick disse certa vez que um desenho animado que mostra uma violência engraçada, que não agride, é muito mais prejudicial que uma representação chocante - pois é hipocrita e enganadora. A violência é feia mesmo, é ruim, e a repulsa, ou o choque são os efeitos que se espera frente a tal tema.
Viajei um pouco,e desculpem os possiveis erros do teclado...hehe
Abraços!

BigBangCinema disse...

Duas verdades que ele disse, ou amam os filmes dele ou odeiam. A melhor maneira de fazer filmes é na prática.

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