Durante os workshops, um dos temas mais discutidos foi o uso da tecnologia 3D, que vem ganhando cada vez mais força dentro dos estúdios e nas bilheterias, e “A era do gelo 3” é certamente um exemplo disso. “O 3D só ajuda, porque apresenta mais uma maneira de vivenciar o cinema, renova a experiência do público”, explica o animador, que daqui para frente pretende apostar no novo formato em todos seus projetos.
Entretanto, Carlos Saldanha adverte que o uso de técnicas de animação cada vez mais modernas não garante a qualidade nem o sucesso de um filme. “Tecnologia sem criatividade não adianta nada; a parte técnica é apenas uma ferramenta para melhorar o resultado, mas o desafio de verdade está no roteiro”, afirma o diretor.
Confira abaixo trechos da entrevista com o criador de “A era do gelo 3”.
G1 – Como é estar de volta ao Brasil depois de uma recepção tão positiva de “A era do gelo 3”?
Carlos Saldanha - Vir ao meu país é sempre inspirador, é como recarregar as baterias. Sou muito conectado com o Brasil, minha família e minhas referências estão todas aqui. Fico muito feliz com os resultados incríveis que o filme teve aqui. Isso para mim é especial.
G1 – A que você atribui o sucesso de “A era do gelo”?
Saldanha – A alma do projeto são os personagens, sem dúvida. O público se identifica tanto com eles que é como se tivessem virado amigos. As pessoas querem saber como eles estão, o que vai acontecer com eles, é uma expectativa muito positiva.
G1 – Na sua opinião, o formato 3D ajudou na performance do filme nas bilheterias?
Saldanha – O 3D só ajuda, porque apresenta mais uma maneira de vivenciar o cinema, renova a experiência do público. Mas é importante ver que tecnologia sem criatividade não adianta nada; a parte técnica é apenas uma ferramenta para melhorar o resultado, o desafio de verdade está no roteiro.
G1 – Quais são os planos para “Era do gelo 4”?
Saldanha – Eu não vou estar mais na direção, mas com certeza estarei envolvido no projeto. Acho que vai ser muito bom para a série ter sague novo na direção, mas quero participar de alguma forma, porque não posso abandonar os personagens assim.
G1 – Que conselho você daria às pessoas que sonham fazer animação no Brasil?
Saldanha – Não espere que as coisas caiam do céu. Estude, treine, faça. No Brasil ou fora, não importa. Tente usar seu tempo ao máximo para realizar seu sonho e mantenha o foco sempre.
* Entrevista para o portal G1.
6 Comentários
Esses cineasta novos deveriam pensar nisso antes de achar que são deuses do cinema.
Era do gelo 3 é um dos melhores filmes dos últimos tempos. Só os chatos culturaletes que não gostam. Obra prima.
Os desenhos estão ficando modernosos demais. O Carlos Saldabha é muito otimista. Meu ex-professor(?), Lisandro, diria: "muita tecnologia e o velhissimo melodrama por debaixo do pano". Chora moçada!! Chora com tecnologia nova e melodrama da época da vovô ou da bisavô. Tarantino vem aí: o professor Lisandro lançou o twitter dele e já enviou essa mensagem legal. Estréia sexta-feira. Gente!! O Lisandro fica estudando no escritório e na UFG e eu fico trabalhando. Peçam meu aumento!!!
Aumento salarial JÀ para o Pedro.
3D é uma maneira "da moda" de tentar trazer o filme para fora das telas e enxertar mais sentimento e identificação em quem assiste... simples assim... bom... talvez um pouco mais complicado. Não sei...
Mas acho essa forma como as animações conquistam adultos e crianças genial. Mesmo que seja problemático por aquelas coisas que estamos cansados de falar e ouvir...
enfim...
se ao começar a estudar cinema tivesse de gostar menos desses filmezinhos bobinhos e fofos com certeza nem teria começado...
Por fim, mas não menos importante... Peço (também) um aumento para o Pedro...
Gostei da entrevista com o José Saldanha.
Concordo quando ele diz que, não adianta ter tecnologia sem ter criatividade, e que não se consegue sucesso com "sorte" mas estudando, treinando e fazendo. Quando se tem um sonho tem que se correr muito para alcançá-lo!
Concordo com o Lisandro, sobre a questão da tecnologia cubrindo o melodrama, entretanto, no caso do 3D, acredito que seja mais uma jogada de marketing, para diminuir pelo menos um pouquinho a pirataria, pois é uma sensação que o filme pirata não pode copiar e nos proporionar (pelo menos ainda).
Abraços a todos!
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