Mascaro (e Maizel)!
José Teixeira*
Mario Monicelli começou para mim quando estava no cursinho (Anglo), e o professor Gilberto, de História, recomendou que víssemos Brancaleone nas cruzadas, que ainda estava passando em circuito normal (não como reprise, o que vale como uma confissão de idade). Claro que gostei (é o meu preferido de toda a longa obra de Monicelli), ainda mais que tinha a magnífica Stefania Sandrelli. Anos depois vi o primeiro, O incrível exército de Brancaleone, que achei inferior (o que é notável, geralmente as continuações são piores). Mas o ponto alto de tudo sempre é o Vittorio Gassman (ator maravilhoso).
Já aluno da FAU-USP vi Os companheiros (mas a projeção foi no Bijou, ou em algum cineclube; só mais tarde o projetamos no Cineclubefau), eu já tinha, porém, o vírus da crítica antistalinista e, apesar de reconhecer como era bem feito (com um grande elenco, formado por Marcelo Mastroianni, Annie Girardot e Renato Salvatore), vi nele uma propaganda deslavada e esquemática do PCI. Considerando que eu, à época, criticava o Partidão porque simpatizava com a ultraesquerda, e vendo, hoje, que há na ultraesquerda muito mais elementos de stalinismo que no Partidão, por lógica e por consequência, devo apreciar Os companheiros atualmente...
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